O tumulto da 25 de Mar�o, no centro de S�o Paulo, destoou da calmaria de outros endere�os tradicionais do com�rcio na capital. Na Rua Oscar Freire, por exemplo, templo dos artigos de luxo, boa parte das lojas simplesmente n�o abriu. O Bom Retiro tamb�m estava vazio.
Representantes da associa��o de lojistas da Oscar Freire disseram que v�o esperar a reabertura apenas na pr�xima segunda-feira. Por isso, decidiram n�o abrir na v�spera do feriado. As lojas abertas foram exce��o.
Uma delas foi a Recco, especializada em moda �ntima. A supervisora Luciana Gon�alves n�o se arrependeu. "Foi acima da nossa expectativa. T�nhamos um consumo represado", disse ela, que contabilizou queda de 60% nas vendas no m�s de maio, mas afirma que j� come�ou a recupera��o.
Na loja Munny, na mesma cal�ada, a gerente Marta Rodrigues tamb�m estava otimista. "Ainda n�o estamos no melhor momento da pandemia, pois as mortes ainda est�o subindo, mas essa data pode ser um bom recome�o. J� perdemos o Dia das M�es, que era a data mais importante. Vamos tentar recuperar a partir de agora", disse a gestora da loja de roupas. Na loja Ynd�, at� espumante - ao lado do �lcool em gel - era oferecido para atrair a clientela.
Apesar da aposta, as previs�es apontam forte retra��o em rela��o aos anos anteriores. Estudo da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) projeta queda hist�rica de 43% nas vendas para a data no Pa�s. � maior retra��o j� registrada para a data desde o in�cio da s�rie de vendas, em 2004.
As ruas do Bom Retiro, regi�o tradicionalmente dedicada �s confec��es e �s lojas de vestu�rio, tamb�m estiveram vazias no primeiro dia de reabertura do com�rcio. Nem de longe a Rua Jos� Paulino resgatou o movimento do per�odo anterior � pandemia. Ali, muitos im�veis exibiam as faixas de "aluga-se" ou "vende-se", dando mostras da gravidade da crise. As poucas lojas abertas j� se adaptam aos protocolos. Uma das mudan�as mais importantes � a necessidade de manter provadores fechados e proibir a prova de roupas, cal�ados e acess�rios no estabelecimento.
A gerente Carla Campos, da Cia Ypslon, disse que as pessoas v�o se adaptar aos poucos. Ontem, ela ainda permitia o uso do provador, desde que a "pessoa tivesse certeza de que levaria o produto". Ela n�o soube explicar o que faria se o cliente desistisse da compra.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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