Liminar impede retirada de bens pessoais de empregados de pr�dios de Furnas no RJ

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Energia do Rio de Janeiro e regi�o (Sintergia-RJ) obteve liminar da Justi�a para impedir que os empregados de Furnas fossem obrigados a retirar amanh�, 15, seus pertences pessoais no complexo de pr�dios ocupado pela estatal em Botafogo, zona sul, para viabilizar a mudan�a da empresa para o centro da cidade at� o fim deste m�s.

De acordo com a Advocacia Garcez, que representa os empregados, a liminar concedida pela ju�za Marly Costa da Silveira, do Tribunal da Justi�a do Trabalho da 1a regi�o, levou em conta o risco desnecess�rio a que seriam submetidos os empregados.

"Compreendo que a necessidade de locomo��o de empregados at� o edif�cio sede em per�odo de pico de uma pandemia que j� levou � morte mais de sete mil pessoas no Estado do Rio de Janeiro representa risco desnecess�rio aos empregados", justificou a ju�za na liminar.

Segundo os advogados Diego Bochnie e Maximiliano Garcez, "muitos trabalhadores n�o possuem condu��o pr�pria e iriam de �nibus ou t�xi, o que aumentaria o risco de contamina��o".

A decis�o de iniciar a mudan�a em plena pandemia do Covid-19 foi comunicada aos empregados na quarta-feira passada, 10, diante da necessidade de entregar o pr�dio que pertence ao fundo de pens�o Real Grandeza at� o dia 30 de junho. A maioria dos empregados, no entanto, est� no sistema de trabalho remoto para se proteger do cont�gio. Est�o no local apenas os operadores do sistema Furnas, segundo a empresa.

A mudan�a de pr�dio estava prevista para abril, mas teve que ser adiada por causa da pandemia. Segundo uma fonte, Furnas criou uma for�a-tarefa para receber os empregados na segunda-feira para desocupar o pr�dio onde funciona h� quase 50 anos. O destino � o antigo pr�dio da Vale, no Centro, de propriedade do fundo de pens�o Valia, dos trabalhadores da mineradora.

De acordo com a fonte, Furnas estaria pagando aluguel e condom�nio nos dois im�veis e teme que o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) questione a duplicidade.

A decis�o de sair do im�vel foi tomada em julho do ano passado pelo Conselho de Administra��o da empresa, diante da redu��o do quadro de empregados da subsidi�ria da Eletrobras, que vem realizando Planos de Demiss�o Volunt�ria (PDV), a exemplo da holding, no �mbito do processo de privatiza��o.

De propriedade da Funda��o Real Grandeza, os pr�dios onde a sede de Furnas funciona desde a d�cada de 1970 foram projetados para abrigar cerca de 6 mil funcion�rios, e hoje atendem a apenas 1.500 colaboradores, argumenta a estatal. Furnas prev� economia de R$ 30 milh�es por ano com a mudan�a.

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