O Facebook foi a rede social mais apontada nas Filipinas (47%), Estados Unidos (35%) e Qu�nia (29%), entre outros pa�ses. No Brasil, o Whatsapp foi mencionado como principal local por onde mensagens falsas s�o disparadas (35%), enquanto o Facebook � o segundo canal mais citado (24%). O Youtube � objeto de maior preocupa��o na Coreia do Sul, enquanto o Twitter ocupou essa posi��o no Jap�o.
Mais da metade (56%) dos participantes do levantamento se mostrou preocupada como identificar o que � real e o que � falso no consumo de informa��es. O Brasil foi o pa�s onde esse receio apareceu de forma mais presente (84%), seguido do Qu�nia (76%) e da �frica do Sul (72%).
Entre as fontes de desinforma��o, a mais indicada foram os pol�ticos (40%), especialmente nos Estados Unidos, Brasil e Filipinas. Em seguida v�m ativistas (14%), jornalistas (13%), cidad�os (13%) e governos estrangeiros (10%).
Em nota, o Facebook afirmou que est� comprometido com o combate � desinforma��o. "Em abril colocamos marca��es de not�cias falsas em cerca de 50 milh�es de postagens em todo o mundo, removemos milhares de conte�dos que poderiam levar a danos no mundo real e direcionamos mais de 2 bilh�es de pessoas a recursos de autoridades de sa�de por meio da Central de Informa��es sobre a Covid-19. Tamb�m estamos ajudando jornalistas e organiza��es de not�cias a se adaptarem �s mudan�as no mundo digital, assim como comprometemos mais de US$ 400 milh�es em todo o mundo para apoiar esse trabalho", acrescentou a empresa.
Confian�a
Entre os ouvidos, 38% disseram confiar nas not�cias, �ndice quatro pontos percentuais menor do que no ano passado. Essa atitude varia entre pa�ses, sendo mais comum na Finl�ndia e Portugal e menos recorrente em Taiwan, na Fran�a e na Coreia do Sul. O Brasil teve desempenho acima da m�dia (51%).
Quando perguntados sobre os conte�dos jornal�sticos que consomem, o �ndice subiu para 46%, ainda abaixo da metade e tr�s pontos percentuais menor do que no ano anterior. Essa avalia��o sobre a confiabilidade � menor em mecanismos de busca (32%) e em redes sociais (22%).
Mas 60% relataram preferir not�cias mais objetivas (sem uma vis�o pol�tica clara) e 28% preferiram conte�dos com vis�es pol�ticas claras e que refor�am suas cren�as. O Brasil foi o com maior percentual de pessoas que desejam ver not�cias de acordo com suas concep��es (43%).
Fonte de informa��o
Os servi�os on-line foram apontados como principal fonte de informa��o em diversos pa�ses, como Argentina (90%), Coreia do Sul (85%), Espanha (83%), Reino Unido (79%), Estados Unidos (73%), Alemanha (69%). Em seguida v�m a TV e o r�dio. A m�dia impressa perdeu espa�o, servindo como meio para se informar em �ndices que variam de 30% a 16% a depender do pa�s.
O estudo confirmou uma varia��o desse comportamento conforme a idade. Jovens preferem canais jornal�sticos online, enquanto a TV e a m�dia impressa s�o a principal alternativas para a faixa acima dos 55 anos de idade.
Os brasileiros foram os que mais recorrem ao Instagram para se informarem (30%), e tamb�m est�o entre os que mais utilizam o Twitter para esta finalidade (17%). Mas o Facebook e o Whatsapp ainda s�o as plataformas dominantes, servindo de alternativa informativa para, respectivamente, 54% e 48% dos entrevistados.
Pandemia
Embora realizado em sua maioria antes da pandemia, o estudo avaliou o consumo de not�cias durante esse per�odo. Entre os ouvidos em seis pa�ses, 60% consideraram que a m�dia ajudou a entender a crise e 65% concordaram que os notici�rios explicaram o que os cidad�os poderiam fazer. Dos entrevistados nestas na��es, 32% avaliaram que a m�dia exagerou no impacto da pandemia.
Para o pesquisador do Instituto Nic Newman, a crise provocada pela pandemia do coronav�rus refor�ou a necessidade da import�ncia de um jornalismo confi�vel e correto que possa informar a popula��o. Ao mesmo tempo, ele lembra como a sociedade est� suscet�vel a teorias da conspira��o e � desinforma��o.
“Os jornalistas n�o controlam o acesso � informa��o, enquanto o uso de redes sociais e plataformas d�o �s pessoas acesso a um rol grande de fontes e fatos alternativos, parte dos quais � enganosa ou falsa”, disse.
O estudo
A equipe respons�vel pelo relat�rio entrevistou mais de 80 mil pessoas em 40 pa�ses de todos os continentes. A maior parte das entrevistas foi coletada antes da pandemia, mas em alguns pa�ses, as respostas foram obtidas em abril, j� trazendo algum impacto desse novo cen�rio.