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Estado de Minas GERAL

Brasil pode produzir respirador da Nasa


postado em 18/06/2020 12:00

Para responder a uma das maiores demandas surgidas na pandemia de coronav�rus, engenheiros do Laborat�rio de Propuls�o a Jato da Nasa - JPL, em ingl�s - desenvolveram um respirador mec�nico de alta press�o espec�fico para tratamento de pacientes da covid-19. A ideia foi criar um projeto mais simples de ser produzido do que um respirador mec�nico tradicional, que pudesse ser reproduzido em todo o mundo.

Depois da aprova��o do prot�tipo feito pelo JPL, que fica na Calif�rnia, na ag�ncia americana reguladora de drogas e alimentos (FDA), a Nasa passou a conceder patentes e licen�as a empresas americanas e estrangeiras com capacidade de produzir o equipamento, que pode agora come�ar a ser fabricado no Brasil.

Quando soube do projeto desenvolvido pela Nasa, Rubens Calbucoy, diretor comercial da Russer, empresa especializada em urologia que fica em Indaiatuba, interior de S�o Paulo, achou que seria a oportunidade perfeita. Desde o in�cio da pandemia, ele, filho do fundador da empresa, queria ajudar na produ��o de equipamentos que pudessem tratar infectados. "T�nhamos a capacidade para fabricar um respirador, mas n�o t�nhamos o know-how."

A Russer foi uma das tr�s institui��es brasileiras autorizadas a desenvolver o equipamento no Pa�s. No total, 331 companhias de 42 pa�ses se inscreveram no processo do JPL. Inicialmente, 30 institui��es brasileiras se mostraram interessadas. Das cerca de 100 propostas formalmente enviadas, a Nasa concedeu licen�as a oito empresas americanas e 24 estrangeiras.

O respirador, criado em 37 dias pelos engenheiros do laborat�rio da Nasa, recebeu o nome Vital, abrevia��o em ingl�s para Tecnologia de Interven��o do Respirador Acess�vel Localmente. A m�quina � usada como os respiradores comuns, em que o paciente precisa ser sedado para que o tubo de oxig�nio seja inserido e o ajude a respirar. A diferen�a � que o Vital � espec�fico para tratamento de covid-19. Isto faz com que o aparelho n�o tenha tantas funcionalidades, mas seja constru�do de forma mais simples e r�pida.

O equipamento usa, segundo o laborat�rio da Nasa, 1/7 do n�mero de partes de um respirador tradicional, sendo todos componentes j� dispon�veis nas cadeias de suprimentos. A ideia � liberar os respiradores tradicionais para os piores casos da covid-19.

H� uma preocupa��o dos engenheiros tamb�m para que as pe�as usadas n�o sejam as mesmas de um respirador comum - o que evita escassez na produ��o dos respiradores tradicionais. A dura��o do respirador � de cerca de tr�s a quatro meses, enquanto os respiradores tradicionais podem durar anos.

"Na hora que soubemos que fomos selecionados para produzir no Brasil, foi muito emocionante", afirma Calbucoy, da Russer. O brasileiro Luis Phillipe Tosi foi um dos respons�veis no laborat�rio da Nasa pelas avalia��es dos projetos de empresas do Brasil. "O prop�sito deste projeto e a mensagem que queremos passar � que pretendemos dar acesso a esse respirador ao mundo inteiro", afirma Tosi. "Consideramos como diferencial na sele��o a experi�ncia t�cnica de desenvolvimento de produtos m�dicos e a experi�ncia pr�via com a Anvisa."

As empresas selecionadas receberam o pacote de desenhos e projetos para desenvolver o produto, software e a documenta��o e aprova��o do projeto na FDA. A parceria n�o acaba a�. O JPL quer saber o retorno das empresas, as dificuldades e sugest�es de aprimoramento.

Apoio

Para atingir a meta sonhada de produ��o de 1 mil respiradores por m�s, Calbucoy ainda precisa de parceiros. "Sozinhos n�o vamos conseguir", afirma. Com cem funcion�rios, a Russer quer fazer parcerias com montadoras de carros e autope�as para conseguir produ��o em grande escala. As empresas contatadas se mostraram entusiasmadas, mas disseram, segundo ele, que preferem aguardar at� que todos os componentes para produ��o estejam dispon�veis.

"Algumas empresas ficaram um pouco assustadas depois que entraram no mundo dos respiradores, foi mais complicado do que esperavam", afirma o diretor da Russer, que acredita que conseguir� todos os componentes - pouco mais de cem - em breve e deve ter um prot�tipo pronto em duas semanas. Segundo a Russer, a maior parte das pe�as � encontrada no mercado nacional. At� agora, ele conseguiu uma parceria com a Funda��o Indaiatubana de Educa��o e Cultura (Fiec) que d� suporte com professores e especialistas que t�m ajudado no projeto. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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