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Estado de Minas SUBINDO

Coronav�rus: Brasil perto de chegar a um milh�o de casos

Pa�s j� registra 47.748 mortes, prestes a completar um milh�o de casos


postado em 19/06/2020 11:05 / atualizado em 19/06/2020 11:19

Arnaldo Correia (de máscara com o símbolo do SUS): ''feliz'' com a concordância entre o Ministério da Saúde e a OMS sobre o estágio da covid no Brasil(foto: Anderson Riedel/PR)
Arnaldo Correia (de m�scara com o s�mbolo do SUS): ''feliz'' com a concord�ncia entre o Minist�rio da Sa�de e a OMS sobre o est�gio da covid no Brasil (foto: Anderson Riedel/PR)
A um passo de confirmar um milh�o de infectados pelo novo coronav�rus e mantendo registros de mais de 1,2 mil mortes pelo terceiro dia seguido, o Brasil entra em um novo patamar do enfrentamento da doen�a, com a prov�vel estabiliza��o da curva.

A avalia��o foi feita pelo corpo t�cnico do Minist�rio da Sa�de, nesta quinta-feira, que anunciou, ainda, a contabiliza��o de mais 22.765 casos confirmados e 1.238 �bitos pela covid nas �ltimas 24 horas. Com isso, o Brasil soma 978.142 diagn�sticos positivos e 47.748 fatalidades.

S�o Paulo det�m o maior n�mero de mortes, acumulando 11.846. Outros oito estados ultrapassaram a marca de mil �bitos cada. S�o eles: Rio de Janeiro (8.412), Cear� (5.377), Par� (4.395), Pernambuco (4.057), Amazonas (2.605), Maranh�o (1.607), Bahia (1.263) e Esp�rito Santo (1.217). Juntos, as nove unidades federativas somam 40.779 mortes, ou seja, 85,4% de todas as fatalidades.

Secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de, Arnaldo Correia foi o respons�vel pelo an�ncio, ao apresentar o boletim epidemiol�gico da pandemia. “Ao olhar a inclina��o da curva de novos casos de covid por semana epidemiol�gica no Brasil, voc� verifica que n�s estamos entrando em um plat�, que a inclina��o da curva se encaminha para um estabilidade”, afirmou.

Monitoramento

Arnaldo destacou que o mesmo ocorre com a curva dos �bitos registrados pelo novo coronav�rus no pa�s. Apesar da estabilidade notada, por�m, o secret�rio ressaltou que � preciso confirmar se essa tend�ncia permanecer� nos pr�ximos 15 dias. “Precisamos acompanhar os novos dados e a evolu��o nos estados e no pa�s como um todo”. Segundo o secret�rio, a estabiliza��o pode ser notada em todas as regi�es do Brasil.

A an�lise epidemiol�gica feita pelo Minist�rio da Sa�de converge com a avalia��o feita pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Na quarta-feira, o diretor do programa de emerg�ncias do �rg�o, Michael Ryan, disse que o Brasil j� apresenta sinais de que o surgimento de novos casos e mortes come�a a frear. Segundo ele, o aumento “n�o � t�o exponencial como era anteriormente”. “Existem alguns sinais de que a situa��o est� se estabilizando.”

Olavista nomeado secret�rio

Seguidor de Olavo de Carvalho, escritor considerado “guru do bolsonarismo”, o m�dico H�lio Angotti Neto foi nomeado, ontem, pelo ministro chefe da Casa Civil, Braga Netto, para o cargo de secret�rio de Ci�ncia, Tecnologia, Inova��o e Insumos Estrat�gicos (SCTIE) do Minist�rio da Sa�de.

A secretaria � considerada estrat�gica por coordenar parcerias com a iniciativa privada para fabrica��o de medicamentos e outros insumos. A pasta tamb�m analisa qual produto pode passar a ser ofertado no Sistema �nico de Sa�de (SUS).

Angotti Neto assume a secretaria que iria ser comandada pelo empres�rio Carlos Wizard Martins, que desistiu do cargo ap�s se envolver em pol�mica ao falar da recontagem de casos e mortes pelo novo coronav�rus no Brasil.

O novo gestor da SCTIE trabalhava no Minist�rio da Sa�de como secret�rio substituto da Secretaria de Gest�o do Trabalho e da Educa��o na Sa�de (SGTES) e era diretor do Departamento de Gest�o da Educa��o na Sa�de. Com a nova nomea��o, foi exonerado dos antigos cargos.

Cloroquina

Angotti Neto � m�dico pela Universidade Federal do Esp�rito Santo (Ufes). Especialista em oftalmologia, descreve-se na internet como “crist�o, pai de fam�lia, m�dico, gestor, escritor e pesquisador”. Nas redes sociais do m�dico, tamb�m � poss�vel encontrar posts com cita��es e livros de Olavo de Carvalho.

Em entrevista � imprensa na segunda-feira, Neto afirmou que o minist�rio tem visto “ind�cios cada vez mais fortes deste benef�cio”, ao defender estender a gestantes e crian�as a recomenda��o de uso precoce da cloroquina contra a covid-19. Ainda no cargo de diretor do Departamento de Gest�o da Educa��o na Sa�de, Neto tamb�m minimizou decis�o dos EUA de retirar autoriza��o de emerg�ncia de tratamento com a cloroquina a pacientes internados. Ele afirmou que h� fragilidades em estudos que desacreditam o uso do f�rmaco.

Com a nomea��o do oftalmologista, o ministro interino da Sa�de, Eduardo Pazuello, cumpre a promessa de manter o comando das pastas do minist�rio por m�dicos ou profissionais da �rea. Desde a sa�da do ex-ministro do Luiz Henrique Mandetta, h� uma militariza��o do Minist�rio da Sa�de, com a chegada  de mais de 20 militares.

Ao ser questionado pelo Correio Braziliense sobre a declara��o da OMS, o secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de disse estar “feliz” com a concord�ncia das an�lises. “Isso mostra que, efetivamente, este governo e o Minist�rio da Sa�de t�m uma total transpar�ncia com seus dados, que coadunam com a an�lise epidemiol�gica feita pelo diretor da OMS”, completou.

Apesar de pontuar a estabiliza��o, Michael Ryan ponderou que a situa��o brasileira ainda � bastante grave, principalmente em rela��o ao desgaste dos profissionais de sa�de em atender � alta demanda. Al�m disso, a doen�a ainda pode voltar a crescer. “J� vimos isso antes em outras epidemias, em outros pa�ses. Voc� pode ver um sinal de estabiliza��o em um dia ou dois e depois a doen�a pode decolar novamente”, alertou.

Virologista da Dasa, empresa de diagn�stico do grupo do laborat�rio Exame, Jos� Eduardo Levi acredita que a estabiliza��o n�o se manter�. “Acho que veremos uma subida daqui a 10,15 dias, por conta da flexibiliza��o do isolamento”, afirma. Levi percebe o crescimento mais brando de casos e �bitos, mas ressalta que os n�meros est�o estabilizados em um “alto patamar”. “Estamos fazendo uma flexibiliza��o em um momento ainda muito alto de circula��o do v�rus, quando registramos 1,2 mil mortes por dia. Ningu�m fez flexibiliza��o nesse patamar”, aponta o especialista.


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