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Estado de Minas VOLTA �S AULAS

Em reuni�o com cotado ao MEC, Bolsonaro pede plano de retomada de aulas

O pedido ocorre ap�s uma comiss�o da C�mara dos Deputados apontar 'omiss�es' e aus�ncia de pol�ticas p�blicas para tentar reduzir o impacto da crise na vida de estudantes


postado em 23/06/2020 15:03 / atualizado em 23/06/2020 16:50

 

Renato Feder, secretário da Educação e do Esporte do Paraná, cotado para assumir o MEC(foto: Divulgação/Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná)
Renato Feder, secret�rio da Educa��o e do Esporte do Paran�, cotado para assumir o MEC (foto: Divulga��o/Secretaria da Educa��o e do Esporte do Paran�)
Candidato a assumir o Minist�rio da Educa��o (MEC), Renato Feder se reuniu na manh� desta ter�a-feira (23), com o presidente Jair Bolsonaro no Pal�cio do Planalto. Na conversa de quase uma hora, Bolsonaro falou ao atual secret�rio de Educa��o do Paran� que deseja um plano para a retomada das aulas p�s-pandemia do coronav�rus.

O pedido ocorre ap�s uma comiss�o da C�mara dos Deputados apontar "omiss�es" e aus�ncia de pol�ticas p�blicas para tentar reduzir o impacto da crise na vida de estudantes. O caso aconteceu na gest�o de Abraham Weintraub, que, pressionado, deixou o governo na semana passada.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ap�s a reuni�o no Planalto, Feder disse que Bolsonaro quer saber como MEC vai auxiliar estados e munic�pios na retomada das aulas. "Na vis�o do presidente, � esse tipo de debate que o MEC deveria ter. Qual o retorno que minimiza os riscos de vida � sa�de dos estudantes. Como os pa�ses desenvolvidos est�o retornando, que tipo de protocolo as escolas devem adotar. Esse tipo de discuss�o o MEC deve encabe�ar na opini�o do presidente", disse Feder ao Estad�o ap�s a reuni�o.

O secret�rio foi recebido no Planalto com apoio do governador do Paran�, Ratinho Junior (PSD), ministros militares e das Comunica��es, F�bio Faria, al�m de empres�rios como Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e apoiador de Bolsonaro desde a campanha.

Feder deixou a reuni�o dizendo que teve uma "conversa t�cnica" e n�o recebeu um convite, mas admite que passou por uma entrevista para o cargo.

"Eu entendi que ele queria me conhecer para fazer uma an�lise, ent�o entendo como uma entrevista, entrei como um candidato", disse Feder, afirmando que mostrou ao presidente os resultados de sua gest�o no Paran�. "O aprendizado no Paran� tem crescido bastante, temos feito uma pol�tica bem forte de tecnologia de apoio � escola, apoio ao professor com boas ferramentas, boa gest�o, de foco no aprendizado do aluno", disse.

Durante a entrevista, segundo Feder, o presidente demonstrou preocupa��o com a aprova��o do Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Fundeb) e quer que o MEC ofere�a apoio na �rea de tecnologia para as secretarias estaduais e municipais de Educa��o.

"Ele entende que a aprova��o do Fundeb � muito importante e quer um minist�rio que apoie as secretarias de Educa��o, principalmente na �rea de tecnologia. Ele est� preocupado com os alunos que est�o sem aula e que tipo de retorno o MEC pode ajudar quando as redes tomarem a decis�o de voltar", relatou.


Pautas ideol�gicas


De acordo com o candidato ao MEC, o presidente n�o mencionou pautas como escola sem partido, ideologia de g�nero e cotas raciais. A pasta � considerada para a ala ideol�gica do governo como uma importante trincheira do que chamam de "guerra cultural".

Feder evitou comentar sua opini�o sobre o tema, mas afirmou que a prioridade do futuro ministro deve ser a melhoria da qualidade da educa��o.

O ex-ministro da Educa��o Abraham Weintraub deixou o governo ap�s in�meras pol�micas e a press�o do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso.

"Para mim ou qualquer ministro que venha assumir o MEC, a pauta principal tem que ser o trabalho por aulas de maior qualidade. Esse � o foco. Os alunos est�o aprendendo matem�tica, est�o aprendendo portugu�s, a qualidade est� boa, que tipo de apoio cada munic�pio precisa. O ministro tem que focar nessa pauta, que tipo de tecnologia � utilizada para ajudar, que tipo de informa��o, o que os melhores pa�ses fazem e que podem trazer para nossos Estados e munic�pios. Essa � a pauta que o MEC deveria focar", afirmou.

Livro e mudan�a de pensamento


Em 2007, Feder publicou o livro Carregando o elefante - como transformar o Brasil no pa�s mais rico do mundo, em que defendeu a privatiza��o do ensino e at� mesmo o fim do MEC. A obra, escrita com o empres�rio Alexandre Ostrowiecki, defendia que o governo pagasse voucher para que pais matriculassem filhos em escolas particulares.

Cotado para chefiar o minist�rio, ele argumenta que mudou de opini�o: "� um livro muito antigo, escrito h� quase 15 anos, n�o � o que penso hoje. As pessoas mudam de opini�o, melhoram. Eu era um jovem de 20 e poucos anos quando escrevi aquele livro. Muito do que penso hoje n�o tem a ver com o livro".

E completou: "Eu n�o entendia nada de educa��o e hoje conhe�o melhor. Toda a parte da (minha) escrita sobre educa��o eu n�o concordo. A quest�o do voucher eu n�o concordo e n�o deu certo em nenhum lugar do mundo".


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