As institui��es de ensino p�blicas e particulares de S�o Paulo poder�o ser abertas a partir de 8 de setembro, de forma gradual, primeiramente com 35% dos alunos das escola, depois com 70% e em seguida com 100%. As regras divulgadas ontem pelo governo estadual valem para o ensino infantil, fundamental, m�dio e superior. Para que a reabertura ocorra, por�m, o Estado todo precisa estar na fase amarela do plano de flexibiliza��o por 28 dias seguidos.
"O dia 8 de setembro � uma data de refer�ncia, se o Estado todo n�o estiver no amarelo nesta data e por todos esses dias, n�o voltam as aulas presenciais", disse ao Estad�o o secret�rio de Educa��o, Rossieli Soares. Inicialmente, o governo pretendia que a volta fosse em agosto, mas a divulga��o do plano foi adiada porque Rossieli foi contaminado pela covid-19 e ficou duas semanas internado.
Pelo quadro atual da pandemia do Estado, a previs�o passou para o m�s seguinte, o que surpreendeu representantes de escolas privadas. Por outro lado, o plano foi chamado de "prematuro" pela deputada Maria Izabel Noronha (PT), presidente da Apeoesp, sindicato dos professores do Estado. Para ela, as escolas n�o t�m condi��es de seguir o protocolo sanit�rio.
O plano � o mesmo para o Estado todo. S�o Paulo at� agora nunca esteve com todas as regi�es no amarelo. Hoje, cinco est�o na fase vermelha, a mais restritiva, e o restante, na laranja. A estimativa � que, at� setembro, a situa��o melhore, principalmente no interior, onde h� mais infec��es no momento.
Hoje, a capital, a Grande S�o Paulo e parte do litoral e do interior est�o na fase laranja, que permite a reabrir shoppings e lojas, por exemplo. Com o agravamento da pandemia no interior, por�m, algumas regi�es voltaram ao n�vel vermelho, de restri��o m�xima, como Mar�lia, Barretos e Registro.
A estimativa � de que 13 milh�es de estudantes estejam fazendo aulas online em S�o Paulo durante a pandemia. Ao voltar �s escolas, eles ter�o de ficar a uma dist�ncia de 1,5 metro nas salas de colegas e professores, com exce��o das crian�as de ensino infantil (0 a 5 anos).
Ser� obrigat�rio o uso de m�scara dentro da institui��o o tempo todo para alunos acima de 2 anos de idade, al�m de professores e funcion�rios. Ela tamb�m deve ser usada no transporte escolar e em todo o percurso de casa � escola. As crian�as ser�o proibidas de levar brinquedos de casa para a escola ou manipular alimentos em sala.
Refeit�rios e cantinas precisar�o ter distanciamento de 1,5 metro nas filas e proibir aglomera��o nos balc�es, usando sinaliza��o no piso. Atividades de Educa��o F�sica e Artes podem ser feitas com distanciamento e preferencialmente ao ar livre.
Rod�zio
As redes de ensino municipais e escolas privadas ter�o liberdade para tomar decis�es sobre que anos voltam antes, se crian�as mais velhas ou mais novas, por exemplo. Os 35% de alunos da 1� fase devem ser por meio de rod�zio com todos os alunos - como deve ocorrer nas escolas estaduais - ou escolhendo s� uma ou duas s�ries para voltar. O obrigat�rio � que a quantidade de crian�as por dia na escola represente at� 35% da capacidade escolar.
"� importante todos terem a oportunidade de ir � escola para poder pegar e devolver atividades", diz Rossieli, justificando a escolha para a rede. Segundo ele, as salas nas escolas estaduais devem ter cerca de 15 alunos apenas por dia. A secretaria ainda divulgar � detalhes do protocolo espec�fico para a rede.
O plano do Estado recomenda que as escolas p�blicas e particulares providenciem atividades a dist�ncia para quem n�o estiver na aula presencial. Nas redes p�blicas, no entanto, fam�lias de estudantes e os alunos t�m enfrentado dificuldades para manter a rotina de aulas a dist�ncia. Alguns Estados, segundo o Estad�o apurou, dar�o prefer�ncia de retorno ao 3.� ano do ensino m�dio porque � mais f�cil garantir regras sanit�rias com adolescentes e porque est�o no �ltimo ano de escola.
Inicialmente o Estado havia considerado dar prioridade � educa��o infantil, o que desagradou a prefeitos que temiam perder o controle da pandemia. Rossieli disse que est� conversando com as prefeituras para haver algum tipo de prote��o �s m�es que n�o podem voltar ao trabalho at� setembro. Apesar do plano contemplar todas as etapas, segundo a legisla��o, a educa��o infantil � de responsabilidade das prefeituras.
Conforme o plano, as aulas devem ocorrer com portas abertas, os recreios precisam ser escalonados para que nem todas as crian�as estejam juntas no mesmo per�odo de intervalo. A entrada e a sa�da tamb�m devem ser organizadas de forma que n�o haja aglomera��o e tamb�m n�o podem ocorrer nos hor�rios de pico. A higieniza��o rigorosa de espa�os e das m�os � obrigat�ria. Aulas pr�ticas e de laborat�rio s� poder�o ser realizadas por alunos que est�o no �ltimo ano de curso superior ou t�cnico.
As institui��es, tanto p�blicas quanto privadas, devem medir a temperatura dos estudantes antes de entrar. O Estado informou que est� providenciando a compra de equipamentos. As fam�lias tamb�m devem medir a temperatura dos alunos antes de ir para a escola.
Crian�as que tenham sintomas do coronav�rus n�o poder�o frequentar as aulas. Segundo o governo, se um estudante se infectar, devem ser seguidos os protocolos de sa�de na escola, com isolamento de quem teve contato, por 14 dias. Em alguns pa�ses, a contamina��o de alunos fez com que os governos voltassem a fechar escolas que tinham sido reabertas.
4� ano
Segundo Rossieli, na rede estadual, o governo poder� ofertar um 4� ano do ensino m�dio para apenas os alunos do 3� ano que quiserem continuar estudando em 2021. Feiras, semin�rios, competi��es e comemora��es das escolas est�o proibidas tanto nas escolas p�blicas quanto nas privadas. (Colaborou Guilherme Amaro)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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