Governador do ES cobra maior coordena��o do governo federal no combate � covid-19

O governador do Esp�rito Santo, Renato Casagrande (PSB), fez um apelo nesta quinta-feira (25) por uma coordena��o mais integrada e centralizada do governo federal junto aos Estados e munic�pios no combate � pandemia do novo coronav�rus. Representando o Cons�rcio de Integra��o Sul e Sudeste, Casagrande foi ouvido em reuni�o da comiss�o mista que acompanha as a��es do governo federal no enfrentamento da covid-19.

"Essa falta de coordena��o nacional, a troca de ministros, a politiza��o de medicamentos e do isolamento, e o enfrentamento provocado pelo presidente da Rep�blica acabaram dificultando um pouco nosso trabalho", explicou.

Pelo tamanho e dimens�o da pandemia, Casagrande argumentou que os efeitos da doen�a ter�o impacto em longo prazo na sociedade, em especial, na economia. Isso exigiria, segundo ele, um alinhamento maior do governo federal com os entes. Na sua opini�o, a vis�o divergente do presidente Jair Bolsonaro da maioria dos governadores em rela��o ao isolamento social causou um "estresse na rela��o".

Casagrande afirmou ainda que o F�rum de Governadores deve apresentar um pedido para o ministro interino da Sa�de, Eduardo Pazuello, para orientar a compra de medicamentos de uso em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). "Estamos com dificuldades. A coordena��o do governo federal � fundamental na compra desse medicamentos".

Para o governador, o maior desafio na rela��o com a pasta da Sa�de � a instabilidade devido �s trocas no cargo de ministro e suas equipes. "N�o tem m� vontade do Minist�rio da Sa�de, mas tem uma dificuldade por conta das mudan�as", declarou.

Recursos

Casagrande tamb�m considerou importante o socorro fiscal concedido pela Uni�o aos Estados e munic�pios para compensar quedas na arrecada��o. Mas destacou as grandes perdas de receita do Estado e as mudan�as que foram necess�rias fazer, como reprogramar planos de investimento e infraestrutura, al�m de cortes de despesa.

De acordo com ele, o Esp�rito Santo tem a previs�o de queda de cerca de 20% na arrecada��o do m�s de junho, em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Em maio, a queda foi de 26%.