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Estado de Minas GERAL

Fracasso em licita��o deixa hospitais sem rem�dio para intuba��o

Profissionais de sa�de dizem que, depois da luta por respiradores, guerra agora � por medicamentos para sedar os pacientes


postado em 25/06/2020 12:30 / atualizado em 25/06/2020 14:17

(foto: Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo)
(foto: Roberto Casimiro/Estad�o Conte�do)
Fracassos em licita��es t�m deixado a maioria dos Estados � beira de zerar estoques de medicamentos essenciais para o uso de respiradores por pacientes graves da COVID-19, como sedativos. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass), 13 de 20 tentativas recentes de comprar f�rmacos do tipo terminaram sem ofertas ou com propostas acima do edital. O motivo, segundo representantes da ind�stria, � a alta demanda dos produtos.

O analg�sico opi�ide "fentanil", por exemplo, est� em falta em Amazonas, Bahia, Maranh�o, Rio Grande do Norte, Tocantins e S�o Paulo. Outras cinco unidades federativas t�m produto dispon�vel para menos de uma semana. Os dados foram apresentados ontem � comiss�o da C�mara dos Deputados que trata da COVID-19.

Estado com maior n�mero de casos e �bitos, S�o Paulo tem estoques zerados de 10 dos 22 produtos usados para intubar pacientes listados pelo conselho. Outros cinco se esgotam em menos de uma semana, segundo os dados do Conass.

Na reuni�o da C�mara, representante de entidade m�dica disse que a "ang�stia" da COVID-19 passou da busca de respiradores para encontrar uma forma de sedar pacientes. No procedimento, que fica sob risco pela falta de sedativos, m�dicos introduzem um tubo na traqueia do paciente. A estrutura � usada para auxiliar na ventila��o. "Nossa ang�stia era, no primeiro momento, por respiradores mec�nicos e equipamentos de prote��o individual. Agora � estrat�gia qu�mica. Hoje estamos sem estrat�gia em alguns locais, o que vem trazendo bastante ang�stia", disse Marcelo Maia, futuro presidente da Associa��o de Medicina Intensivista Brasileira (Amib).

Segundo o consultor do Conass Heber Dobis, "quase todos os medicamentos est�o zerando em todos os Estados". O setor privado tamb�m alerta sobre dificuldade para compras. A Associa��o Nacional de Hospitais Privados (Anahp) informou na reuni�o que 81% das unidades t�m dificuldade para compra de bloqueadores musculares.

Tempo

Coordenadora nacional do gabinete que acompanha a��es da COVID-19 no Minist�rio P�blico, a subprocuradora-geral da Rep�blica Celia Regina Souza Delgado disse que a busca por medicamentos est� "equalizada", mas o desfecho das compras levar� alguns dias.

Delgado explicou que havia um impasse. O Minist�rio da Sa�de alega j� ter repassado recursos para compras de medicamentos, mas Estados e munic�pios diziam n�o conseguir adquirir os produtos, pois as licita��es terminavam desertas.

A sa�da foi o minist�rio mediar a compra. A pasta deve abrir "ata de registro de pre�os" de diversos f�rmacos. Na modalidade, s�o solicitadas ofertas para grande volume de produtos, que v�o sendo comprados aos poucos, com os valores das propostas registradas. A ideia � que os Estados entrem nesta ata e comprem os produtos.

Al�m disso, o minist�rio afirma que buscar� compras emergenciais no exterior pelo fundo rotativo da Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas).

Assessor da Secretaria Executiva da Sa�de, Alessandro Glauci afirmou que a pasta "n�o consegue saber" o porqu� das compras terminarem frustradas nos Estados, pois a ind�stria n�o tem alegado falta de estoque.

O presidente do Sindicato da Ind�stria de Produtos Farmac�uticos, Nelson Mussolini, disse aos deputados que o setor n�o tem capacidade de fornecer estoques para muitos meses. "Houve aumento muito grande de leitos para COVID-19. Subiu em tr�s vezes a necessidade de produtos (como sedativos)", disse. Ele afirmou que a falta dos produtos � global. "Eram usados para cirurgias, durante 3 ou 4 horas. Agora, usa-se 24 horas no paciente intubado", disse. 


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