
O Laborat�rio do Ex�rcito tem ainda cerca de 1,85 milh�o de comprimidos de cloroquina estocado e n�o projeta ampliar a sua produ��o. O �rg�o j� entregou 1 milh�o de unidades ao Minist�rio da Sa�de. Mesmo sem efic�cia comprovada, o governo federal tem estimulado o uso da droga para tratamento precoce da covid-19.
Os dados sobre a produ��o da cloroquina foram apresentados nesta quinta-feira, 25, pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, em entrevista � imprensa sobre os tr�s meses de opera��o das For�as Armadas para enfrentamento da pandemia.
Segundo o ministro, o laborat�rio s� ir� produzir novos comprimidos se houver pedido do Minist�rio da Sa�de. Azevedo disse que h� uma "especula��o sem necessidade" sobre suposta irregularidade no aumento da produ��o da droga.
O Minist�rio P�blico do Tribunal de Contas da Uni�o (MPTCU) pediu, em 18 de junho, abertura de investiga��o sobre poss�vel superfaturamento na produ��o de cloroquina no Brasil, al�m da responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro ao orientar aumento da produ��o.
O Ex�rcito informou ao Estad�o que fez duas aquisi��es de insumo para fabrica��o de cloroquina em 2020, ap�s pedido de Bolsonaro. Na primeira, em mar�o, o quilo do produto custou R$ 488,00. J� em maio, quase o triplo: R$ 1,304,00. "� preciso entender que o (pre�o do) insumo que n�o � fabricado no Brasil aumentou muito", disse Azevedo nesta quinta-feira.
O ministro da Defesa disse afirmou que a cloroquina j� vinha sendo elaborada para tratamento de mal�ria e l�pus, mas reconheceu aumento da produ��o para atender a covid-19.
Dois ministros da Sa�de j� deixaram o governo Bolsonaro por, entre outras raz�es, discordar do uso ampliado da cloroquina contra a covid-19. Sob comando interino do general Eduardo Pazuello, o minist�rio mudou radicalmente de discurso, no fim de maio, e passou a recomendar o uso da droga desde os primeiros sintomas da doen�a, contrariando entidades m�dicas e cient�ficas.
