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Estado de Minas GERAL

Equipamento de ponta da ci�ncia do Brasil ajudar� na busca de rem�dios para covid


postado em 12/07/2020 08:30

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) vai abrir as suas portas para receber pesquisadores envolvidos com projetos relacionados ao novo coronav�rus a partir da pr�xima segunda-feira, dia 13. A opera��o chamada "Manac�" coloca o Sirius, novo acelerador de el�trons brasileiro, � disposi��o dos cientistas dedicados a estudar os detalhes moleculares da doen�a.

Para disponibilizar uma das estruturas mais modernas do mundo, pesquisadores do CNPEM fizeram testes com o Sirius e puderam realizar as imagens in�ditas de uma prote�na do coronav�rus. Os primeiros resultados revelam detalhes da estrutura dessa prote�na, importantes para compreender a biologia do v�rus e apoiar pesquisas que buscam novos medicamentos para a covid-19.

"A amostra analisada nos primeiros experimentos no Sirius foi a prote�na 3CL do SARS-CoV-2. Ela � uma das principais prote�nas do v�rus. Essa e outras prote�nas s�o alvos estrat�gicos para o desenvolvimento de medicamentos, pois quando conseguimos inibir essas prote�nas, � poss�vel interferir na replica��o viral", explica Daniela Trivella, coordenadora de pesquisa da for�a-tarefa do CNPEM contra covid-19, em entrevista ao Estad�o.

"Para interferir na atividade de uma prote�na-alvo � importante conhecer sua estrutura tridimensional, isto �, a posi��o de cada um dos �tomos que a comp�e. Identificar seus pontos fracos, saber onde podemos interferir para alterar a sua atividade e impactar no ciclo de vida do v�rus. As t�cnicas de luz s�ncrotron nos permitem isso. Podemos ainda observar, na escala at�mica, como essas prote�nas interagem com f�rmacos. Esses detalhes moleculares geram conhecimentos que s�o fundamentais para apoiar a busca por novos medicamentos e para a compreens�o da biologia do v�rus", complementa Trivella.

A reportagem tamb�m entrou em contato com Ana Carolina Zeri, pesquisadora que coordena a primeira esta��o de pesquisa do Sirius a entrar em opera��o. Ela explica que acelerador de el�trons ajuda a encontrar vulnerabilidades na estrutura do v�rus e essas "brechas" podem servir para atac�-lo com medicamentos.

"Conhecer a estrutura molecular de prote�nas fundamentais para o ciclo de vida do SARS-CoV-2 e outros v�rus pode ser a chave para atac�-las com novas mol�culas que podem levar ao desenvolvimento de medicamentos. No caso do HIV, por exemplo, as primeiras drogas foram desenvolvidas a partir da identifica��o de dados moleculares de prote�nas fundamentais para o v�rus. Drogas com essa a��o est�o presentes nos coquet�is utilizados para HIV at� hoje", conta.

"As imagens que divulgamos neste primeiro momento revelam a estrutura de uma prote�na de SARS-CoV-2 j� conhecida e resolvida em s�ncrotrons de outros pa�ses. A reprodutibilidade de dados j� bem estabelecidos evidencia que a primeira esta��o de pesquisa do Sirius a receber experimento est� gerando dados confi�veis, conferindo seguran�a para a realiza��o de an�lises in�ditas, ainda em fase inicial de testes", diz Zeri.

Para utilizar o acelerador de part�culas os cientistas ter�o de enviar propostas de pesquisa para uma avalia��o t�cnica dos especialistas. "Neste momento, consideramos que a m�quina est� em fase de comissionamento cient�fico, realizando experimentos ainda em condi��es que imp�em algumas limita��es. Entretanto, em resposta � crise causada pela covid-19, optamos por disponibilizar antecipadamente essa ferramenta aos pesquisadores que j� t�m familiaridade com experimentos de cristalografia de prote�nas, para que eles possam avan�ar no entendimento molecular do v�rus", diz o diretor do Laborat�rio Nacional de Luz S�ncrotron (LNLS), Harry Westfahl Jr.

A coordena��o do projeto tamb�m conta que os primeiros resultados diferenciados devem ser publicados e compartilhados na for�a tarefa que envolve pesquisadores de todo o mundo.

"Al�m do nosso compromisso com a agenda p�blica de pesquisas com o SARS-CoV-2, o in�cio da opera��o vai beneficiar a comunidade cient�fica de todo o Pa�s. Pesquisadores poder�o submeter propostas de pesquisa para utilizar essa linha de luz", afirma Mateus Cardoso, chefe da divis�o de materiais moles e biol�gicos do LNLS.


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