Teles oferecem taxa de aglomera��o por zonas e bairros

A plataforma digital das teles, que apura a taxa de isolamento da popula��o durante a pandemia do novo coronav�rus, ganhou uma nova funcionalidade. Desde sexta-feira, j� � poss�vel medir aglomera��es em �reas de at� quatro quil�metros quadrados, como zonas espec�ficas e bairros. O sistema, integrado pelas quatro maiores teles do Pa�s - Claro, Vivo, TIM e Oi - est� dispon�vel para todos os Estados, capitais e munic�pios com mais de 500 mil habitantes, al�m do governo federal. Dos 80 entes federativos aptos a utilizar o mapa de calor, at� agora, 39 aderiram - 17 Estados e 22 munic�pios.

Somente autoridades p�blicas t�m acesso �s informa��es.
Em S�o Paulo, por exemplo, um dos Estados que aderiram ao mapa de calor, as autoridades p�blicas poder�o verificar a taxa de aglomera��o em locais como a regi�o da Rua 25 de Mar�o, o Aeroporto de Guarulhos e o Parque do Ibirapuera. At� ent�o, o mapa oferecia apenas um �ndice geral para os munic�pios como um todo.

A nova funcionalidade poder� permitir que prefeitos e governadores aprimorem das pol�ticas p�blicas relacionadas ao enfrentamento da pandemia, entre eles os protocolos para retomada gradual de atividades, avalia Marcos Ferrari, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Servi�os M�vel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil). "� uma ferramenta poderosa, que permite �s autoridades maximizar as pol�ticas de sa�de e o uso de recursos do or�amento. Tamb�m � uma forma eficiente de monitorar a fase de flexibiliza��o da quarentena", afirma.

Para medir a taxa de aglomera��o, a refer�ncia � a m�dia di�ria, registrada entre os dias 1� e 14 de mar�o, do n�mero de celulares conectados a uma determinada antena de celular. O per�odo foi escolhido porque, at� ent�o, prefeituras e governos estaduais n�o haviam adotado medidas de isolamento social.

Em cada um dos quadrantes de 4 km� de munic�pios e Estados, as autoridades poder�o comparar os �ndices atuais com os do per�odo de refer�ncia e descobrir se houve mais ou menos aglomera��o. O dado estar� dispon�vel de forma retroativa, desde 15 de maio. Tamb�m ser� poss�vel separar os indicadores por dia de semana e hor�rio e verificar a evolu��o ao longo de semanas.

O governador do Esp�rito Santo, Renato Casagrande, afirma que os dados do mapa de calor das operadoras comp�em a matriz de risco do Estado para classifica��o dos munic�pios - juntamente com a incid�ncia de casos, letalidade, porcentual de contaminados com mais de 60 anos e ocupa��o de leitos de UTIs.

Segundo ele, o n�mero de casos registrados no Estado ainda � elevado, de 1 mil a 1,2 mil por dia, mas a curva das mortes est� est�vel h� tr�s semanas. "Os novos dados s�o ainda mais precisos e v�o nos ajudar a aprimorar a matriz de risco. Isso vai permitir uma atua��o mais pontual e tamb�m mais mobiliza��o da sociedade", afirmou.

Para o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr, que tamb�m aderiu � ferramenta, os novos indicadores poder�o mostrar se as pol�ticas p�blicas adotadas na capital ga�cha est�o surtindo efeito e servir�o, tamb�m, para orientar novas decis�es. "Esses dados t�m mostrado que h� rela��o direta entre os �ndices de isolamento e a demanda por leitos de UTI.

Quando conseguimos apoio da sociedade nessas medidas, conseguimos diminuir a ocupa��o", afirmou. Tanto Casagrande quanto Marchezan reconhecem que o engajamento da popula��o ao isolamento diminuiu nas �ltimas semanas. Por isso, dados mais precisos e delimitados, segundo eles, podem contribuir para pol�ticas p�blicas mais direcionadas.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.