O Minist�rio da Sa�de n�o confirmou a renova��o do financiamento da Epicovid19-BR, principal pesquisa sobre a incid�ncia do coronav�rus na popula��o brasileira. O estudo � conduzido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e contou com verba federal nas tr�s primeiras fases da etapa nacional.
Pedro Hallal, reitor da UFPel e coordenador do estudo, afirma que a pesquisa est� parada por falta de recursos. A institui��o pretende buscar outras formas de financiamento tanto no setor p�blico quanto no privado.
Hallal fala que o minist�rio n�o procurou a universidade para dar continuidade ao estudo, que apresentou os �ltimos resultados no dia 3 de julho. Ele acredita que a interrup��o da pesquisa � motivada por raz�es pol�ticas. "N�o h� motivos t�cnicos. Parar a pesquisa no meio da pandemia � inaceit�vel", afirma.
Em nota, o Minist�rio da Sa�de disse que "dar� continuidade a estudos de inqu�rito epidemiol�gico de preval�ncia de soropositividade na popula��o". O texto fala que o �rg�o ainda n�o definiu qual pesquisa continuar� financiando. O minist�rio tamb�m afirmou que as tr�s etapas da Epicovid19-BR inicialmente previstas foram executadas. O governo federal investiu R$ 12 milh�es no estudo.
Os pesquisadores pretendem fazer pelo menos mais tr�s fases da pesquisa. O reitor reitera a import�ncia do estudo. "A pesquisa traz informa��es que podem ser usadas para o desenho de pol�ticas p�blicas de sa�de", afirma.
Cerca de 90 mil pessoas em 133 cidades de todas as unidades da federa��o foram testadas nas tr�s primeiras fases do estudo, que evidenciaram a subnotifica��o dos casos de covid-19 no Brasil. Os resultados mostraram que o n�mero real de infectados no Brasil pode ser at� seis vezes maior que o oficial.
O estudo tamb�m revelou que os mais pobres est�o mais expostos � covid-19. A terceira fase da pesquisa verificou que a incid�ncia da doen�a na parcela menos abastada da popula��o � de 4,1%, enquanto na mais rica � de 1,8%.
A pesquisa constatou tamb�m que 91% das pessoas com anticorpos apresentaram sintomas da doen�a. Os ind�cios mais relatados foram altera��o de olfato/paladar, dor de cabe�a, febre, tosse e dor no corpo.
GERAL