O diretor do programa de emerg�ncias da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Michael Ryan, afirmou nesta quarta-feira, 22, que apesar das boas not�cias quanto aos resultados das candidatas a vacina contra covid-19, � preciso se manter realista quanto aos prazos.
"Ser� a primeira parte do ano que vem antes de vermos as pessoas serem vacinadas", disse durante sess�o de perguntas e respostas, ao lado da l�der da resposta da OMS � pandemia, Maria Van Kerkhove. "A ideia de que teremos uma vacina em dois ou tr�s meses e, de repente, esse v�rus ter� passado... Adoraria dizer isso a voc�s, mas n�o � realista".
Ryan ressaltou que todas as vacinas que passaram pelas fases 1 e 2 foram aprovadas para prosseguir � fase 3, em termos de seguran�a e capacidade de gerar resposta do sistema imunul�gico, o que � um sinal positivo. "N�s estamos fazendo um �timo progresso, n�o estamos perdendo candidatas at� agora",
Ele explicou que em testes da fase 3, que se iniciaram recentemente para cerca de cinco vacinas, o imunizante � administrado em pessoas no mundo real e observado se elas ficam protegidas do v�rus que circula. Vacinas como a desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e pelo laborat�rio chin�s Sinovac est�o nesta etapa.
Apesar dos resultados preliminares positivos, o diretor de emerg�ncias ressaltou que certas precau��es s�o imprenscind�veis antes de administar a vacina � popula��o em massa. "Temos que ter certeza que elas s�o efetivas e isso leva um tempo. Estamos acelerando o m�ximo poss�vel, mas n�o vamos, de forma alguma, pegar atalhos quando o assunto � seguran�a".
Outro aspecto que Ryan esclareceu foi a taxa de efetividade da imuniza��o, j� que n�o � poss�vel proteger 100% das pessoas. "N�o sabemos em que ponto estamos nisso. Precisamos esperar para saber qu�o efetiva ser� essa prote��o e quanto vai durar".
Outras medidas
O diretor declarou que a OMS, al�m de assegurar a seguran�a da vacina, tem focado tamb�m na distribui��o uma vez que forem aprovadas, para conseguir escalar a produ��o e expandir o acesso ao maior n�mero de pessoas.
Maria Van Kerkhove disse que a organiza��o espera a cria��o de um imunizante eficiente mas, enquanto isso, as pessoas e l�deres devem se concentrar em a��es que funcionam para conter o problema, como o uso de m�scaras, o distanciamento f�sico, isolamento dos casos suspeitos e dos doentes e o rastreamento de contatos.
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