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Estado de Minas GERAL

Estudo mostra que cloroquina n�o funciona para caso leve e moderado de covid


23/07/2020 20:06

Um estudo brasileiro coordenado pelos principais hospitais privados do Pa�s aponta que a hidroxicloroquina, associada ou n�o ao antibi�tico azitromicina, n�o tem efic�cia no tratamento de pacientes internados com quadros leves e moderados de covid-19.

A pesquisa, publicada nesta quinta-feira, 23, na revista cient�fica New England Journal of Medicine, verificou ainda que, no grupo de pacientes que fez uso dos medicamentos, foram mais frequentes altera��es nos exames de eletrocardiograma e de sangue que representam maior risco de arritmia card�aca e les�es no f�gado.

Participaram do ensaio cl�nico 667 pacientes de 55 hospitais, sob a coordena��o de nove institui��es: Hospitais Albert Einstein, HCor, S�rio-Liban�s, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Benefic�ncia Portuguesa de S�o Paulo, al�m do Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

Os participantes foram divididos, de forma randomizada (por sorteio), em tr�s grupos: um foi tratado com hidroxicloroquina, outro recebeu tamb�m recebeu o medicamento, mas associado � azitromicina, e o terceiro foi tratado somente com suporte cl�nico padr�o, que inclui medicamentos para sintomas, cat�ter com oxig�nio, entre outros.

Os pacientes que tomaram hidroxicloroquina (isolada ou associada � azitromicina) tamb�m receberam esse mesmo suporte cl�nico.

Os volunt�rios receberam as medica��es por sete dias e foram acompanhados por duas semanas. Ao final do seguimento, os pesquisadores conclu�ram que n�o houve diferen�as significativas na evolu��o dos pacientes dos diferentes grupos, o que, segundo o estudo, demonstra que a hidroxicloroquina n�o traz benef�cio no tratamento dos casos leves e moderados da doen�a.

"A avalia��o foi feita de acordo com uma escala de sete poss�veis desfechos, na qual o 1 � a alta do paciente e o 7, o �bito. N�o observamos diferen�as na evolu��o dos pacientes dos tr�s grupos. Neste perfil de paciente, portanto, a utiliza��o da hidroxicloroquina n�o promove uma melhora no estado cl�nico", explica a cardiologista Viviane Cordeiro Veiga, coordenadora de UTI da BP - A Benefic�ncia Portuguesa de S�o Paulo e uma das pesquisadoras do estudo.

Para o cardiologista Renato Lopes, pesquisador e professor da Unifesp e da Duke University (EUA), que tamb�m participou do estudo, os resultados da pesquisa brasileira mostram que, mesmo nos casos mais leves de covid-19, a hidroxicloroquina n�o traz benef�cio. "Outros estudos internacionais j� mostraram que ela n�o tinha efic�cia para casos graves, mas muitos cr�ticos diziam que ela n�o havia funcionado porque foi administrada muito tarde, quando o paciente j� estava grave. Mostramos que, mesmo quando o in�cio do tratamento � precoce e em casos leves, n�o h� efic�cia", destaca.

Quanto aos eventos adversos, a pesquisa mostrou que os pacientes que tomaram hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, apresentaram, com mais frequ�ncia, uma altera��o no eletrocardiograma chamada de aumento do intervalo QT, associado a maior risco de arritmia. Esses pacientes tamb�m apresentaram com mais frequ�ncia n�veis elevados das enzimas TGO e TGP, que podem representar les�es no f�gado.

O estudo divulgado nesta quinta � um dos nove ensaios cl�nicos conduzidos dentro da iniciativa batizada de Coaliz�o Covid-19 Brasil, que tem a participa��o dos seis hospitais e duas institui��es de pesquisa.


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