
O depoente afirmou que as cobras foram deixadas em uma baia de cavalos ap�s Pedro Henrique, 22, ter sido picado. Segundo ele, Gabriel chegou a voltar � ch�cara para buscar apenas um animal. As outras cobras permaneceram l�. Depois disso, uma mulher teria entrado em contato com a testemunha alegando que "iria assumir as serpentes, pois elas pertencem a Pedro".
A testemunha afirma ainda que Gabriel manifestou o interesse de sair da cidade com os animais. Ap�s tomar conhecimento de que o Batalh�o de Pol�cia Militar Ambiental (BPMA) apreendeu as serpentes, no entanto, compareceu, voluntariamente, � delegacia.
Testemunha confirma compra e venda de cobras ex�ticas
Nesta sexta-feira, o Correio revelou, com exclusividade, que esse mesmo amigo de Pedro e de Gabriel confirmou aos policiais que o estudante de medicina veterin�ria comprava e vendia cobras ex�ticas.
A suposta quadrilha formada por estudantes de medicina veterin�ria e servidores p�blicos � alvo do inqu�rito policial que apura um esquema de tr�fico internacional de animais ex�ticos e silvestres.
Nessa quinta-feira (23/7), a Justi�a Federal da 1ª Regi�o acatou o pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) para afastar uma servidora suspeita de conceder, ilegalmente, licen�as para o transporte de animais desse tipo. Os beneficiados eram pessoas pr�ximas, inclusive Gabriel.
Desde a data do incidente, em 7 de julho, a 14ª Delegacia de Pol�cia (Gama) e o Ibama v�m deflagrando opera��es de buscas e apreens�es nas casas dos suspeitos. Estima-se que Pedro Henrique esteja ligado a, pelo menos, 18 serpentes ex�ticas, entre elas a naja kaouthia.
O suposto esquema criminoso teria suporte da m�e dele, a advogada Rose Meire Candido dos Santos, do padrasto, o tenente-coronel da PMDF Cl�vis Eduardo Condi, e de outros tr�s amigos de Pedro, incluindo Nelson Junior Soares Vasconcelos e Gabriel (preso na quarta-feira por atrapalhar as investiga��es e ocultar provas).
Todos s�o estudantes de medicina veterin�ria e, conforme o Correio apurou, estudam na mesma faculdade, no Gama. A reportagem ligou diversas vezes para o escrit�rio de Bruno Rodrigues, advogado de defesa da fam�lia de Pedro, mas ele n�o atendeu �s liga��es.
Em depoimento, o dono da ch�cara no N�cleo Rural de Planaltina e colega de Pedro afirmou saber que o estudante mantinha cobras em casa e que o jovem comprava e vendia as serpentes. A testemunha relatou que Gabriel Ribeiro tinha ficado encarregado de esconder as cobras e completou ressaltando que os dois s�o “imaturos, mas articulados, descolados e, visivelmente, engajados com o tema de animais silvestres".
A advogada de defesa de Gabriel Ribeiro (amigo de Pedro Henrique), Amanda Bedaqui, informou � reportagem que entrou, nessa quinta, com um pedido de habeas corpus. O jovem est� na carceragem da Divis�o de Controle e Cust�dia de Presos (DCCP), onde ficam os presos provis�rios. Ele deve permanecer no local at� domingo.