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Estado de Minas

Covid: Ap�s cinco meses de pandemia, Brasil se aproxima dos 100 mil mortos

Com m�dia de mil �bitos por dia e mais de 50 mil casos confirmados diariamente pela covid-19, pa�s deve chegar � triste marca entre 9 e 10 de agosto, preveem especialistas. Nesta s�bado, foram mais 1.211 mortes em 24 horas, 86.449 brasileiros perderam a vida


26/07/2020 08:48 - atualizado 26/07/2020 09:01

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(foto: Minervino J�nior/CB/D.A Press)
H� cinco meses, o Minist�rio da Sa�de anunciava a primeira confirma��o da COVID-19 no Brasil. Um morador de S�o Paulo de 61 anos, rec�m chegado da It�lia. Na mesma �poca, o pa�s recebia milhares de turistas e foli�es lotavam as ruas dos grandes centros metropolitanos durante o carnaval. O v�rus se espalhou e n�o foi embora. Chegou sem pedir licen�a, infectando mais de 2,3 milh�es de pessoas e circula desenfreado, mantendo os n�veis de novos casos em altos patamares. Provocou a morte de 86.449 brasileiros, 1.211 apenas nas �ltimas 24 horas, e, nos pr�ximos 15 dias, promete ultrapassar a margem de 100 mil mortes.

Pelas an�lises do Portal COVID-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Bras�lia (UnB) e da Universidade de S�o Paulo (USP), o pa�s atingir� a marca entre 9 e 10 de agosto, fim da 32ª semana epidemiol�gica e o in�cio da 33ª. O membro da iniciativa COVID-19 Brasil e professor da Faculdade de Medicina de Ribeir�o Preto da USP, Domingos Alves, pontua que a previs�o feita pelo grupo � considerada conservadora e pode ser adiantada.

“As proje��es est�o relacionadas a essa pseudo estabilidade que est� acontecendo no Brasil agora, mas isso pode mudar nas pr�ximas semanas e a marca pode ser atingida ainda antes”. Uma an�lise feita pelo Correio mostra que isso pode acontecer. A conta � baseada na m�dia de mortes registradas diariamente na �ltima semana epidemiol�gica conclu�da, a 30ª, que � de 1.097 �bitos, a maior desde o in�cio da pandemia. Se o Brasil confirmasse esse n�mero de mortes todos os dias de hoje em diante, o pa�s atingiria 100 mil �bitos em 13 dias, ou seja, em 7 de agosto.

O professor chama aten��o para a m�dia m�vel de mortes, que se mant�m est�vel h� algum tempo e acredita que essa m�dia pode subir nos pr�ximos dias. Desde 19 de maio, primeiro dia em que o Brasil superou mil mortes di�rias, o pa�s confirma mais de mil �bitos, pelo menos, por tr�s dias de cada semana. Em algumas delas, o registro que ultrapassa a casa das centenas chegou a ser feito por cinco dias seguidos. Alves acredita que a estabilidade pode estar mascarada por dados represados. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, at� ontem, 3.691 �bitos estavam em investiga��o. “Na �ltima semana, isso aconteceu com o n�mero de casos.”

Depois de estacionar em alto patamar de novas infec��es com m�dias di�rias acima de 30 mil casos desde a 25ª semana epidemiol�gica, o pa�s viveu uma semana com quebra de recordes de atualiza��es. Mais 67.860 casos foram confirmados na quarta-feira passada e, no dia seguinte, mais 59.961 testes deram positivos para a COVID-19.

Segunda onda

O volume de novos casos acende um sinal vermelho, podendo impactar na volta do crescimento de mortes di�rias. “Muitos estados e munic�pios come�aram a flexibilizar regras e as pessoas est�o circulando mais. Em estados que antes se observava um decl�nio, como Amap�, Maranh�o, Rio de Janeiro, Cear�, se come�a a ter um processo de revers�o, de aumento, inclusive, da m�dia m�vel. Por isso, que a gente fala de uma segunda onda”, alerta o pesquisador da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) Daniel Villela.

Para evitar que o aumento de casos se traduza em mais mortes tamb�m � preciso observar a taxa de ocupa��o de leitos de UTI. “Se estiver na ordem de 80% a 90%, existe um risco muito grande, porque � preciso ter capacidade de absorver novas demandas”, diz. Villela revela, ainda, que � necess�rio cuidado ao observar o cen�rio nacional em uma �nica curva. “A pandemia est� acontecendo de forma heterog�nea nas diversas regi�es do pa�s. Quando voc� coloca isso tudo junto parece que est� est�vel, algo que mascara a real situa��o.”

Assim como Villela, Roberto Kraenkel, membro do Observat�rio COVID-19, tamb�m acredita que pequenas an�lises n�o podem ser feitas ao olhar para a curva nacional. “O Brasil imp�e dificuldades em termos de estimativas, porque � uma jun��o de muitas din�micas, cada qual em uma fase da pandemia”, ressalta.

 “Suas escolhas podem fazer a diferen�a entre a vida e a morte para um ente querido ou para um estranho”, alerta o diretor-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. “N�o voltaremos ao antigo normal. A pandemia j� alterou a forma como levamos a vida”. Por isso, para mandar embora o inimigo, as m�scaras ser�o a nova fantasia daqui para frente.


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