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Estado de Minas GERAL

Mais barato, exame prev� diagn�stico de Alzheimer


30/07/2020 07:14

Uma t�cnica que detecta no sangue pequenas quantidades de uma prote�na fragmentada, ligada � doen�a de Alzheimer, pode levar a um exame simples que possibilita o diagn�stico anos antes de aparecerem os sintomas. O estudo foi publicado ter�a-feira na revista cient�fica Journal of Experimental Medicine e apresentado no mesmo dia na Confer�ncia Internacional da Associa��o de Alzheimer em Chicago (EUA).

Uma das boas not�cias, no caso, � que o teste pode, potencialmente, tornar o diagn�stico mais simples, barato e portanto acess�vel a um n�mero muito maior de pessoas.

Pesquisadores de quatro pa�ses liderados pela Universidade de Lund, na Su�cia, observaram que os n�veis da prote�na P-tau-27, abundante no sistema nervoso central e no sistema nervoso perif�ricos, aumentam durante as etapas iniciais do Alzheimer. Eles estimam que o m�todo, baseado nessa prote�na, poderia detectar as mudan�as cerebrais at� 20 anos antes de aparecerem os sintomas da doen�a.

Numa avalia��o da not�cia para o New York Times, o dr. Michael Weiner, pesquisador do assunto na Universidade da Calif�rnia - e que n�o participou do estudo - disse que "ainda n�o � uma cura, n�o � um tratamento, mas ningu�m consegue tratar uma doen�a antes de ter um diagn�stico. E um diagn�stico preciso, a baixo custo, � algo incr�vel, um avan�o decisivo".

Na mesma linha, o professor de neurologia da Harvard Medical School, Rudolph Tanzi, ponderou tamb�m para o jornal americano que "os resultados precisam ser aplicados em testes cl�nicos com outras popula��es, incluindo as que representem mais diversidade �tnica e racial". Ou seja, n�o � nada para amanh�. Aguardado h� tempos pela comunidade m�dica, o diagn�stico, para ser usado clinicamente, precisa ainda passar por mais etapas de pesquisa. Cientistas acreditam que, se comprovados os benef�cios, t�cnica poderia estar dispon�vel para uso cl�nico em tr�s anos.

30 milh�es

Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a doen�a � a forma mais comum de dem�ncia e representa entre 60% e 70% de todos os casos de s�ndromes envolvendo deteriora��o de mem�ria, pensamento, comportamento e a capacidade para realizar atividades di�rias.

No mundo, segundo os n�meros mais recentes, h� cerca de 30 milh�es de pessoas afetadas pelo Alzheimer. Percept�vel com mais frequ�ncia em pessoas acima de 65 anos, a condi��o come�a antes em cerca de 5% dos casos. O tempo m�dio de vida do paciente vai de tr�s a nove anos e o atendimento a essa popula��o � hoje um dos tratamentos mais caros da medicina nos pa�ses desenvolvidos.

"Existe uma necessidade urgente de ferramentas que sejam simples, de baixo custo e n�o invasivas para esse diagn�stico", disse Maria Carrillo, cientista e porta-voz da Associa��o de Alzheimer dos Estados Unidos. "A possibilidade de uma detec��o precoce, que permita intervir com tratamento antes que a doen�a cause perdas significativa no c�rebro, seria uma grande mudan�a para os pacientes, para as fam�lias e tamb�m para o nosso sistema de sa�de", acrescentou a cientista.

Rastreando a prote�na

A doen�a de Alzheimer � caracterizada pela presen�a de placas, que formam no c�rebro uma prote�na chamada amil�ide B e aglomera��o da prote�na tau. Esta � respons�vel por formar "n�s" de fibras nos neur�nios dos pacientes. Atualmente, as mudan�as cerebrais que acontecem antes da manifesta��o de sintomas podem ser vistas somente em tomografia por emiss�o de p�sitrons (conhecida pela sigla em ingl�s, PET) ou medindo as prote�nas amil�ide e tau no l�quido na medula espinhal.

Os cientistas envolvidos na pesquisa j� haviam descoberto que um fragmento modificado da prote�na tau, conhecido como P-tau-217, se acumula no l�quido da espinha (tamb�m chamado de l�quor ou l�quido cefalorraquidiano) dos pacientes antes que apare�am os sintomas cognitivos. Esse fragmento aumenta o progresso da doen�a e pode prever com precis�o a forma��o de placa amil�ide.

Os pesquisadores tamb�m estimaram que a P-tau-217 poderia ser encontrado no sangue de pacientes com Alzheimer, embora em n�veis muito baixos que dificultariam a detec��o.
A equipe desenvolveu um m�todo baseado em espectrometria de massa para medir a quantidade desse fragmento e outros da prote�na tau em apenas 4 mL de sangue, mesmo que as amostras sejam t�o pequenas e contenham menos de um bilion�simo de grama de P-tau-217.

Os cientistas tamb�m perceberam que, como ocorre com os n�veis deste fragmento no l�quor, os n�veis de P-tau-217 no sangue eram muito baixos em volunt�rios saud�veis, mas se mostravam mais elevados em pacientes com placas amiloides, mesmo naqueles sem sintomas cognitivos. (Com ag�ncias internacionais)


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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