Escolas reagem a v�deo de sindicato no Rio

Um v�deo divulgado pelo Sindicato das Escolas Particulares do Estado do Rio (Sinepe-Rio), em que a entidade defende a volta imediata �s aulas e critica orienta��es cient�ficas de combate ao novo coronav�rus, motivou rea��es negativas de tradicionais col�gios privados cariocas. Logo ap�s a pe�a come�ar a circular no �ltimo fim de semana, muitas escolas desautorizaram o material e negaram a inten��o de retomar atividades na pr�xima semana, como autorizado pela prefeitura. Especialistas tamb�m consideram arriscado retornar agora.

No v�deo, o Sinepe-Rio usa frases como "ci�ncia � a vacina, estudos s� confundiram, trancar pessoas em casa n�o � ci�ncia". Tamb�m diz que "confinar � desconhecer, ignorar, subtrair vida, � fragilizar, debilitar, mexer com o emocional. As crian�as precisam voltar a se relacionar". Anteontem, o Sinepe afirmou, em nota, que respeitar� as decis�es de cada escola e fam�lia. Tamb�m ressaltou que n�o h� data definida para que a volta �s aulas e disse que ser�o seguidos os protocolos.

Col�gios como o Santo In�cio, Escola Parque, Centro Educacional An�sio Teixeira e S� Pereira reagiram. Em notas oficiais, repudiaram o v�deo e ressaltaram que pretendem retomar atividades presenciais s� quando tiverem amparo da comunidade cient�fica para faz�-lo em seguran�a.

"Chega a ser pat�tico e assustador que tal discurso seja usado por representantes de donos de estabelecimentos de ensino. Trata-se de uma contradi��o, pois educadores ou os que os representam n�o deveriam replicar tais discursos", disse a Federa��o dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (que congrega sindicatos dos professores de escolas privadas locais), em nota. "Al�m de causar perplexidade, � ilegal, pois vai de encontro � pol�tica p�blica de combate ao v�rus em nosso Pa�s."

A prefeitura autorizou escolas privadas a retomarem atividades a partir da pr�xima semana, mas ressaltou que se trata de "medida autorizativa, facultativa e n�o impositiva, porque escolas privadas voltam se quiserem". Ainda n�o h� previs�o sobre retorno na rede p�blica.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.