A regi�o do Vale do Ribeira voltou � classifica��o "vermelha" do Plano S�o Paulo, programa de reabertura econ�mica do Estado em meio � pandemia do coronav�rus, e ter� de fechar seu com�rcio n�o essencial por ao menos mais duas semanas. A informa��o foi dada pelo governo paulista nesta sexta-feira (31), dia em que S�o Paulo registrou 13.298 casos de covid-19 em 24 horas. O total de mortos chegou a 22.997 pessoas, 287 �bitos a mais do que o registrado na quinta (30).
A m�dia m�vel (soma dos total de registros dos �ltimos sete dias, dividido por sete) dos casos da covid-19 subiu 38% na compara��o dos dados da �ltima sexta-feira (24) com os dados de quinta (30), de 7.971 para 10.999 registros. Para os t�cnicos da Secretaria Estadual da Sa�de, o dado est� relacionado ao aumento do n�mero de testes feitos para a detec��o da covid-19.
Segundo o epidemiologista Paulo Menezes, coordenador do Centro de Conting�ncia do Coronav�rus, entre os dias 10 e 16 de julho, foram feitos 33 mil testes do Estado. Entre os dias 17 e 23, foram feitos 42 mil exames, aumento de 27%.
"A testagem � a ferramenta, adequada que n�s temos para sair desse plat� neste momento, porque � atrav�s da testagem que n�s vamos identificar os indiv�duos que est�o transmitindo o v�rus para outras pessoas. Ent�o, n�o devemos nos preocupar muito com o simples aumento de n�mero de novos casos", disse o secret�rio executivo do Centro de Conting�ncia do Coronav�rus, Jo�o Gabbardo.
Para efeitos de combate � pandemia, segundo Gabbardo, a preocupa��o deve ser com o n�mero de casos associados a outros indicadores. "Nas regi�es onde o aumento de casos ocorre, mesmo que n�s tenhamos aumentado a testagem, acompanhado de outros indicadores que mostram uma demanda maior de pacientes doentes, isto preocupa", disse Gabbardo.
No caso do Vale do Ribeira, o retorno � fase vermelha foi associado ao crescimento da taxa de ocupa��o hospitalar nas cidades de Cajati, Registro e Pariquera-A�u. "Esses tr�s munic�pios foram realmente os mais impactados", afirmou o secret�rio estadual da Sa�de, Jean Gorinchteyn.
"O Vale do Ribeira tem uma popula��o muito menor do que as outras regi�es. Ent�o, apesar de n�meros absolutos poderem ser pequenos, varia��es podem ser muito grandes e isso acaba refletindo numa mudan�a significativa nos indicadores. � poss�vel que, nas pr�ximas semanas, a gente tenha uma mudan�a importante e positiva nesta regi�o", disse o coordenador do Centro de Conting�ncia.
Interna��es crescem na Grande S�o Paulo
Nos �ltimos sete dias, a m�dia m�vel das interna��es cresceu 15% na regi�o sudeste da Grande S�o Paulo (o ABC) e 14% na regi�o sudoeste (que inclui cidades como Cotia e Itapecerica da Serra).
"Acho importante lembrar que, se houve aumento na m�dia m�vel, na semana anterior houve redu��o. E a gente, inclusive, teve uma frente fria que chegou e que pode por exemplo causar mais infec��es respirat�rias e as pessoas podem se internar mais", disse Paulo Menezes.
O coordenador do Centro de Conting�ncia disse ainda que n�o h� rela��o entre o crescimento no sudoeste e a situa��o na regi�o vizinha, o Vale do Ribeira, que regrediu no plano de abertura. "Nossa avalia��o � que uma situa��o n�o tem nenhuma rela��o com a outra", disse.
"Vamos observar essa evolu��o ao longo desta (a pr�xima) semana, e se houver a redu��o comparando os sete dias com os sete dias anteriores, essa regi�es podem regredir de fase. No momento, n�o", disse o secret�rio de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, citando as duas regi�es mas tamb�m as �reas de Araraquara e da Baixada Santista.
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