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Estado de Minas GERAL

Unicamp desenvolve diagn�stico de covid-19 por mudan�a de cor de levedura


04/08/2020 17:08

Pesquisadores do Laborat�rio de Gen�mica e bioEnergia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) est�o desenvolvendo um novo modelo de teste para diagn�stico da covid-19, chamado de Coronayeast, que que promete ser r�pido e barato. A ideia � detectar o v�rus em levedura, que ganharia cor vermelha ao confirmar a infec��o. O exame em desenvolvimento analisa amostras de saliva ou de material coletado da nasofaringe de pacientes.

A equipe j� pediu a patente da inven��o, o que garante exclusividade para explor�-la comercialmente. No entanto, ainda � preciso um financiamento de R$ 500 mil a R$ 1 milh�o para levar o produto no mercado em at� seis meses.

A ideia � inserir na levedura um gene que produz a prote�na humana ACE-2, subst�ncia que facilita a entrada do SARS-CoV-2. Se h� o v�rus na amostra, ap�s minutos de incuba��o, passa a ser abundante a presen�a de angiotensina 2, horm�nio que � identificado por estruturas da levedura. O reconhecimento ativa genes que fazem a levedura ficar vermelha a olho nu e fluorescente.

A intensidade da fluoresc�ncia, que se nota apenas com aux�lio de equipamentos, � proporcional � quantidade de v�rus na amostra. Leveduras s�o organismos unicelulares bastante usados na fabrica��o de alimentos e bebidas fermentadas, como p�o e vinho. Apesar de serem microsc�picas, elas crescem em culturas, agregando-se ao ponto de serem facilmente identificadas.

Segundo o professor titular do instituto de biologia da Unicamp Gon�alo Amarante Guimar�es Pereira, que participa do projeto, o exame seria barato e poderia ser aplicado diversas vezes por dia, inclusive em casa. O custo de cada unidade ainda n�o foi estimado, mas a expectativa � de que a produ��o seja at� 100 vezes mais barata do que de testes RT-PCR, tido como de "padr�o-ouro" para o diagn�stico.

Os pesquisadores tamb�m aguardam o desenrolar dos estudos para apontar o tempo necess�rio para se chegar ao diagn�stico, mas a ideia � de que a colora��o vermelha apare�a na levedura em no m�ximo 4 horas. Se n�o h� a presen�a do v�rus, a levedura mant�m a cor natural: bege-amarelada.

Segundo os respons�veis pelo invento, o Coronayeast � o primeiro biossensor de levedura para detec��o de v�rus que se tem not�cia. A ideia � usar a mesma l�gica para detec��o de outras doen�as. Embora os experimentos preliminares indiquem que a precis�o do teste ainda depende de um n�mero exato de dias ap�s a infec��o, a expectativa dos pesquisadores � de que a sensibilidade do teste seja bastante alta. Isso seria uma vantagem sobre os testes RT-PCR, indicados para encontrar o RNA do v�rus na fase aguda da doen�a, entre o 3� e 7� dia de sintomas, e o exame sorol�gico (teste r�pido), que mostra anticorpos ap�s o 8� dia.

"Mesmo que de forma intermitente, a doen�a deve permanecer at� 2025. Por isso, acreditamos no potencial do teste para aumentar o controle da pandemia, at� ajudando a reduzir per�odo de reclus�o", afirma Carla Maneira da Silva, estudante do mestrado em gen�tica e biologia molecular da Unicamp.

Para o professor Pereira, o exame ainda teria a vantagem de ser de f�cil distribui��o, por n�o exigir diversos insumos para o funcionamento. Como o Estad�o revelou, por falta de reagentes, cotonetes e outros instrumentos, h� milhares de exames sem uso no Pa�s. Apenas o Minist�rio da Sa�de estocava 9,85 milh�es de testes RT-PCR, tidos como "padr�o-ouro" para diagn�stico, at� a �ltima semana.

Aluno do p�s-doutorado no laborat�rio da Unicamp, Fellipe da Silveira Bezerra de Mello afirma que o Coronayeast seria um importante legado da universidade p�blica. "Tem-se falado muito de vacina, mas a testagem � muito importante, principalmente na pandemia. Acho que o projeto ainda valoriza o trabalho cient�fico neste momento", disse.


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