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Estado de Minas GERAL

Bolsonaro critica vacina chinesa ao assinar MP de R$ 1,9 bi para produzir f�rmaco


06/08/2020 20:44

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta quinta-feira, 6, medida provis�ria que abre cr�dito extraordin�rio de cerca de R$ 2 bilh�es para viabilizar a compra, processamento e distribui��o de 100 milh�es de doses de vacina contra a covid-19. O recurso ser� destinado � Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), que negocia acordo para incorporar a tecnologia e produzir a vacina desenvolvida pelo laborat�rio brit�nico AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

Ap�s assinar a medida, em cerim�nia no Pal�cio do Planalto, Bolsonaro criticou, de forma indireta, iniciativa do governo de S�o Paulo de negociar com a empresa chinesa Sinovac Biotech para receber a CoronaVac, tamb�m em testes contra a covid-19. "O mais importante, diferente daquela outra (vacina) que um governador resolveu acertar com outro pa�s, vem a tecnologia para n�s", disse.

Bolsonaro critica vacina chinesa ao assinar MP de R$ 1,9 bi para f�rmaco da AstraZeneca

O presidente voltou a defender o uso da hidroxicloroquina contra a covid-19, mesmo sem efic�cia comprovada da droga neste tratamento. Para ilustrar que nem sempre h� tempo de esperar estudos robustos antes de apostar num tratamento, Bolsonaro repetiu que soldados teriam se curado com �gua de coco na Guerra do Pac�fico.

"Estudando um pouquinho, fui ver, l� na Guerra do pac�fico. O soldado chegava ferido, n�o tinha de quem receber sangue. Descobriram: vamos meter �gua de coco na veia dele. E deu certo. Dezenas, centenas de vidas foram salvas. Se fosse esperar uma comprova��o cient�fica, quantos n�o teriam morrido naquele momento?", afirmou o presidente.

O valor liberado pela MP nesta quinta-feira contempla o investimento na pesquisa cl�nica da vacina, que est� na fase 3, quando � testada a seguran�a e efic�cia da droga em humanos. Ap�s o fim destes estudos, a vacina pode receber registro da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para distribui��o no Pa�s. A cifra liberada tamb�m deve permitir a compra de insumos para prepara��o das primeira doses e adequa��o de laborat�rios que devem absorver a tecnologia total de fabrica��o da vacina.

O Minist�rio da Sa�de informou na semana passada que prev� investimento de R$ 522,1 milh�es na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiol�gicos. Outros R$ 1,3 bilh�o s�o para pagamentos previstos no contrato de transfer�ncia de tecnologia com a AstraZeneca.

Na cerim�nia desta quinta, o ministro interino da Sa�de, Eduardo Pazuello, disse que h� um "indicativo de queda na curva de �bito" pela doen�a no Pa�s. Ele afirmou que o governo dialoga com gestores de Estados e munic�pios para manter ativa, mesmo ap�s a pandemia, a estrutura criada para o combate � covid-19, como 11 mil leitos de UTI e 8 mil respiradores.

Prioridade para vacina��o

Em audi�ncia na C�mara dos Deputados na quarta-feira, 5, o secret�rio nacional de Vigil�ncia em Sa�de, Arnaldo Medeiros, disse profissionais de sa�de e pessoas de grupos de risco, como idosos e quem apresenta outras doen�as, devem ser priorizados na vacina��o contra a covid-19.

Ele afirmou que o SUS deve usar os mesmos crit�rios adotados para imuniza��o contra a H1N1. "A gente vem avaliando que seria o grupo de faixa et�ria mais avan�ada, e neste grupo, aqueles que apresentam comorbidades", disse. Em seguida, ele citou cardiopatias e obesidade como fatores de risco. "Para al�m destes, temos os profissionais de sa�de."

Medeiros disse que n�o deve haver restri��o de vacina��o para quem j� teve a doen�a.

A ideia � que uma primeira parcela com 15 milh�es de vacinas seja entregue ao Brasil em dezembro, dentro da parceria com a empresa brit�nica. A segunda, de igual volume, em janeiro. Por causa desta entrega, Medeiros afirmou esperar que ao menos 15 milh�es de brasileiros sejam imunizados at� o fim do ano.

Na reuni�o da C�mara, o diretor do Instituto Bio-Manguinhos, Maur�cio Zuma, unidade da Fiocruz que produzir� a vacina, no entanto, disse que cada parcela deve levar cerca de 1 m�s para passar por processos como de controle de qualidade e ser entregue � popula��o. Assim, a primeira aplica��o seria em janeiro. E a segunda, em fevereiro, disse.

Al�m destas 30 milh�es de doses, o Pa�s deve receber outras 70 milh�es, ainda sem cronograma de entrega. A ideia, segundo o governo, � de que seja feita ainda no primeiro trimestre.

O vice-presidente de Produ��o e Inova��o em Sa�de da Fiocruz, Marco Krieger, afirmou que o Pa�s deve incorporar todo o processo de fabrica��o da vacina em menos de 1 ano. Antes, a Bio-Manguinhos deve realizar apenas etapas de processamento final das 100 milh�es de doses recebidas.

Al�m de preparar a produ��o, Bio-Manguinhos ter� de pedir o registro do produto na Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). O dossi� para a solicita��o � apresentado ap�s estudos de seguran�a, efic�cia e qualidade da droga serem conclu�dos. O registro permite a distribui��o da droga no Pa�s. O governo tamb�m estuda repassar a produ��o excedente para a Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas), que distribuiria as doses em pa�ses vizinhos.


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