A Bahia � hoje um dos principais centros de testagem de vacinas contra o coronav�rus no Brasil. Depois de iniciar os testes do imunizante da farmac�utica americana Pfizer em parceria com a alem� BioNTech na semana passada, o governo estadual vai assinar nos pr�ximos dias acordo para os ensaios com a vacina chinesa Sinopharm. Al�m disso, negocia com a R�ssia a testagem da primeira vacina registrada no mundo.
O governador Rui Costa (PT) vai assinar esta semana o protocolo de coopera��o com o Grupo Farmac�utico Nacional da China (Sinopharm) para testagem de duas varia��es de uma vacina na Bahia e em outros Estados do Nordeste. Se aprovada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e pela Comiss�o Nacional de �tica em Pesquisa (Conep), a parceria prev� o in�cio dos testes na primeira quinzena de setembro, e dura��o de tr�s meses.
Ao enviar o documento, o governo baiano ter� direito a receber os resultados oficiais e os detalhes das fases iniciais das pesquisas chinesas. Os ensaios cl�nicos j� entraram na fase 3, envolvendo cerca de 15 mil volunt�rios, nos Emirados �rabes Unidos. S�o essas as informa��es que ser�o analisadas pela Anvisa para validar a testagem no Brasil. O conv�nio prev� a aplica��o de 9 mil doses da vacina experimental. O Instituto Couto Maia, hospital baiano especializado em doen�as infectocontagiosas, ser� o centro de pesquisas e provavelmente um dos polos de produ��o e distribui��o da imuniza��o. O acordo prev� a transfer�ncia de tecnologia para produ��o pr�pria.
Al�m da inten��o de acordo com os chineses, os baianos j� est�o participando dos testes de outras vacinas. A institui��o filantr�pica Obras Sociais Irm� Dulce come�ou a receber na sexta-feira, em Salvador, os testes da vacina da farmac�utica Pfizer em parceria com a BioNTech. A expectativa � de que at� o fim do m�s todos os 500 participantes dos testes j� tenham recebido a dose, que ser� refor�ada ap�s 21 dias. Todos os volunt�rios informam diariamente como se sentem por meio de um aplicativo. Eles ainda receberam um term�metro para medi��o da temperatura e uma linha direta que funciona 24 horas para reportarem alguma rea��o. A vacina est� sendo testada na Bahia e em S�o Paulo.
No in�cio do m�s, o governo baiano j� havia demonstrado interesse em uma parceria com a R�ssia, respons�vel pelo registro da primeira vacina contra covid-19. A embaixada russa no Brasil confirmou as negocia��es. "As partes conversaram sobre o estabelecimento de uma poss�vel parceria entre as institui��es de pesquisa nordestinas e os centros cient�ficos russos nos testes e produ��o da vacina", diz nota da embaixada sobre a reuni�o virtual entre seus representantes e os do governo baiano no dia 30 de julho.
Estoque
F�bio Vilas-Boas, secret�rio da Sa�de da Bahia, revela existir preocupa��o entre as autoridades de sa�de quanto � escassez de vacinas, quando elas forem aprovadas. "Nossa inten��o foi fazer esse acordo (com a China) para ter acesso antecipado aos estudos do imunizante, participar do desenvolvimento e ter direito de aquisi��o no momento da distribui��o. A ideia � se antecipar. Acreditamos que pode haver falta de vacina", diz.
De acordo com o secret�rio baiano, os investimentos na compra das vacinas chinesas ainda n�o foram definidos, pois dependem do avan�o das negocia��es. Embora a aquisi��o seja de compet�ncia do governo federal, dentro do Programa Nacional de Imuniza��es, o ministro interino da Sa�de, general Eduardo Pazuello, sinalizou que dar� suporte �s tratativas dos governos estaduais.
V�rios Estados consultados pelo Estad�o informam que aguardam iniciativa e orienta��o do Minist�rio da Sa�de sobre as parcerias com as institui��es de pesquisa para testes das vacinas. "� preciso prud�ncia para n�o criar falsas expectativas. A gente precisa aguardar mais detalhes e as pr�ximas manifesta��es. A coordena��o do Programa Nacional de Imuniza��es � do governo federal", avalia o secret�rio de Sa�de de Pernambuco, Andr� Longo.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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