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Estado de Minas GERAL

Saliva, aliada para detectar o coronav�rus


13/08/2020 08:00

Dados epidemiol�gicos de v�rios pa�ses apontam que os testes em massa s�o fundamentais no combate � covid-19. Eles identificam pessoas positivas, sintom�ticas ou n�o, que devem ficar em isolamento, e os contatos que tiveram nos �ltimos dias para tamb�m isol�-los, caso estejam infectados. � uma pr�tica que se soma �s a��es de preven��o, como isolamento social, higieniza��o das m�os e o uso de m�scaras. Nesse contexto, o Centro de Pesquisas do Genoma Humano e C�lulas-Tronco do Instituto de Bioci�ncias da USP est� pesquisando um teste de coronav�rus por meio da saliva que pode ser uma alternativa ao RT-PCR, refer�ncia mundial para detectar casos ativos de covid.

Chamado de RT-Lamp, o teste tem m�todos mais simples que o PCR (sigla em ingl�s de rea��o em cadeia de polimerase). A primeira diferen�a � o processo por autocoleta. De forma indolor e n�o invasiva, o pr�prio paciente pode recolher sua saliva em um tubo de ensaio. Isso tamb�m significa menor risco de infec��o, pois n�o h� necessidade da retirada das amostras de nasofaringe por um profissional. O teste � mais r�pido, pois fornece o resultado entre 30 a 40 minutos. J� o RT-PCR precisa de, no m�nimo, duas horas. A precis�o dos dois tipos de teste � semelhante.

A pesquisa, que est� em fase final de desenvolvimento e conta com apoios importantes da Funda��o de Amparo � Pesquisa de S�o Paulo (Fapesp) e da empresa brasileira JBS, atua agora em duas frentes.

A primeira � padronizar o teste, ou seja, criar solu��es qu�micas que mantenham o coronav�rus est�vel, sem sofrer a a��o das in�meras enzimas presentes na saliva. Apesar de usar um processo de an�lise molecular parecido com o PCR, o teste por saliva n�o requer a extra��o do �cido nucleico (RNA, composto "primo" do DNA) das amostras.

Reagentes

A outra tarefa � a produ��o de reagentes qu�micos no pr�prio laborat�rio - hoje s�o utilizadas enzimas comerciais (importadas), o que tamb�m encarece a pesquisa. A falta de reagentes e de swabs (esp�cie de cotonete de haste longa para coletar o material) tamb�m representa um entrave para a testagem.

Neste desafio, os cientistas do Centro do Genoma Humano contam com a colabora��o do Instituto de Qu�mica da USP.

Maria Rita Passos-Bueno, pesquisadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, explica que os m�todos mais simples contribuem com a redu��o de custos finais do teste. Segundo ela, o teste da saliva pode custar � do valor do RT-PCR, que gira em torno de R$ 350 a R$ 400.

"Ainda � cedo para definir o pre�o final para o consumidor. Estamos trabalhando. Um ponto j� definido � que queremos oferecer o teste em locais com pouca infraestrutura de laborat�rios no Pa�s", explica.

A testagem em massa representa um dos grandes desafios do Pa�s no combate ao coronav�rus. Hoje, o Brasil est� bem distante dos outros pa�ses na identifica��o de positivos. Enquanto Reino Unido, Espanha, B�lgica, Estados Unidos e R�ssia testaram mais de 10% da popula��o e Peru, Chile e China investigaram 6%, o Brasil testou apenas 1,5% das pessoas.

Diante deste cen�rio, Maria Rita defende a amplia��o e a descentraliza��o dos pontos de testagem, com a inclus�o dos laborat�rios de refer�ncia das universidades. "No caso das universidades, um dos caminhos � o oferecimento da tecnologia para os laborat�rios. Mas elas poderiam oferecer o teste que criaram. Esses centros possuem infraestrutura adequada e profissionais capacitados", observa, citando o exemplo da Universidade de Oxford como um dos centros que ofertaram os testes na Inglaterra.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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