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Estado de Minas GERAL

Novo teste indica v�rus suspenso no ar e refor�a risco de m� ventila��o


15/08/2020 11:18

O Hospital das Cl�nicas da Faculdade de Medicina da USP constatou a presen�a do novo coronav�rus em micropart�culas expelidas quando as pessoas falam e mostrou que elas ficam suspensas no ar - refor�ando a tese de que a doen�a pode ser transmitida pelo ar. Essa possibilidade j� foi levada em conta por mais de 200 cientistas ao redor do mundo e passou a ser reconhecido pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) no m�s passado.

Segundo os pesquisadores, o monitoramento da qualidade do ar dentro dos ambientes e a ventila��o, aliados �s medidas de higiene e distanciamento, devem ser seriamente considerados na reabertura de espa�os fechados, como escrit�rios.

"A gente j� tinha uma boa percep��o e conhecimento, em d�cadas de ci�ncia, de que a falta de ventila��o facilita a transmiss�o de diferentes v�rus, como o da gripe, afirma Arthur Aikawa, CEO da startup Omni-electronica e pesquisador respons�vel pelo estudo.

Estudos com o Sars-coV-1 t�m mais evid�ncias, porque houve mais tempo para pesquisar o assunto. Em ambientes mal ventilados, o ar n�o � trocado e os bioaeross�is ficam suspensos no ar. Isso vai aumentando o risco de contamina��o. As pessoas ficam horas em um ambiente fechado, sem m�scara e a contamina��o acaba se disseminando".

A startup est� incubada no Centro de Inova��o, Ci�ncia e Tecnologia (Cietec), ligado � Universidade de S�o Paulo e ao Instituto de Pesquisas Energ�ticas e Nucleares (Ipen). O projeto recebeu apoio da Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo (Fapesp) e do VedacitLabs.

Para fazer a pesquisa, um dispositivo de monitoramento da Qualidade do Ar Interior (QAI) desenvolvido pela startup, chamado SPIRI, coletou mais de 20 amostras em ambientes fechados do hospital e foram feitas an�lises durante dois meses. Mesmo sendo um ambiente hospitalar, o grupo de pesquisadores notou que a ventila��o contribu�a para a dispers�o das micropart�culas.

Renova��o

Aikawa destaca que, em ambientes de escrit�rio e de lazer, o que se vai ver nos pr�ximos meses "� um receio muito grande para voltar, porque n�o significa que vai ter 100% de seguran�a". J� se sabe, pondera, "que � importante aumentar a taxa de renova��o do ar, mas n�o precisa desligar o sistema de ar condicionado, porque a movimenta��o do ar � importante para que as part�culas decantem e se dispersem". Tamb�m � importante manter temperatura e umidade adequadas, "evitando que as pessoas fiquem doentes e com a imunidade reduzida".

O dispositivo desenvolvido pela empresa consegue verificar, em tempo real, temperatura, umidade do ar, presen�a de material particulado, compostos org�nicos vol�teis e concentra��o de di�xido de carbono (CO2), considerado um indicador de efic�cia da ventila��o em ambientes internos, seguindo padr�es da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). Um dispositivo � suficiente para uma �rea de 200 m� e tem o custo mensal de R$ 400.

Ar limpo

O que se recomenda, adverte o CEO da startup, �, se a pessoa n�o tiver como conseguir construir o sistema de monitoramento, que mantenha o sistema de ar condicionado higienizado, n�o o desligue e tenha ventila��o cruzada". Manter a qualidade do ar e a ventila��o n�o ajuda a reduzir o risco de infec��o se as medidas de distanciamento e de higiene n�o forem cumpridas.

"A gente tem de come�ar pelo b�sico. Distanciamento, higieniza��o, usar m�scara", aconselha Aikawa.

Tendo investimento, a startup pensa em, no futuro, realizar o mesmo tipo de estudo em transportes coletivos, onde as pessoas ficam fechadas em um ambiente prop�cio a ser mal ventilado. "Daria para fazer um monitoramento e ter amostras em linhas de �nibus para mapear em que linhas e dias est�o sendo detectadas micropart�culas. Isso poderia ajudar na retomada de forma mais ampla."


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