
O Laborat�rio de Clima da Defesa Civil do Estado informou que o primeiro tornado fez um tra�ado nos munic�pios de �gua Doce, Ibicar� e Tangar�, no Oeste catarinense. J� o segundo afetou o munic�pio de Irine�polis, no Planalto Norte. Houve, ainda, micro explos�es e chuva de granizo intensa. Em Vargem Bonita, com 4,7 mil habitantes, 80% das resid�ncias foram danificadas.
Um dos munic�pios mais atingidos foi �gua Doce, onde 11 pessoas ficaram feridas, duas em estado grave; 700 casas foram danificadas, sendo 25 completamente destru�das. O prefeito Ant�nio Jos� Bissani (PP) decretou situa��o de calamidade. Em Ibicar�, duas igrejas e dois pavilh�es foram destru�dos. E em Tangar� ocorreram destelhamentos em todos os bairros. Estima-se que 90% das casas e empresas foram atingidas. Cinco pessoas ficaram feridas na cidade.
A morte registrada at� a tarde deste domingo, 16, ocorreu no mar, na regi�o do Litoral Norte. Um pescador de 22 anos foi surpreendido pela tempestade e n�o conseguiu retornar. O corpo foi encontrado na tarde de s�bado.
At� o momento s�o 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados. A Defesa Civil ainda faz levantamento dos estragos. O chefe do �rg�o, Jo�o Batista Cordeiro Jr, viajou para o Oeste, onde mant�m di�logo direto com as prefeituras atingidas. O principal foco, neste momento, � a entrega de itens de assist�ncia humanit�ria, como lonas, colch�es e alimentos.
A Metsul, que monitora fen�menos no Sul do Pa�s, informou que, pelos danos observados, os tornados que atingiram Santa Catarina s�o compat�veis com tornados variando de F1 a F2 na escala de Fujita, logo, em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h. A escala vai de F0 (tornados menos destrutivos) a F5 (arrasador).
Em 30 de junho e 1º de julho, o estado de Santa Catarina j� tinha sido atingido por um ciclone bomba, que deixou nove mortos em SC e um no Rio Grande do Sul.
Na sexta-feira, 14, at� as 20h, foram divulgados 16 alertas de curt�ssimo prazo pela Defesa Civil do Estado, elaborados com base nas imagens de radar e de sat�lite. Foram emitidos oito observa��es, sete aten��es e um alerta. Alertas de instabilidade tamb�m haviam sido disparados ao longo da semana passada.
A biom�dica Mariana Denk registrou o fen�meno em Irine�polis pela janela de casa, e disse que foi "uma cena de filme". "O tornado estava come�ando e eu sa� para chamar minha fam�lia, que estava ali [fora] lidando com as vacas. Deu tempo de s� de entrarmos, quando vimos o redemoinho se dividindo em dois. Ele se deslocou em dire��o � serra e, l� do outro lado, destruiu casas, garagens, estufas, o que tinha pela frente", lembra. "Uma cena que eu nunca imaginava ver na minha vida, cena de filme, um horror", conta.
F�bio Bispo, especial para o Estado, O Estado de S.Paulo
16 de agosto de 2020 | 18h36
FLORIAN�POLIS - Pelo menos uma pessoa morreu e duas est�o internadas em estado grave ap�s a passagem de dois tornados por Santa Catarina na tarde de sexta-feira, 14, e madrugada de s�bado, 15. As tempestades com ventos fortes e granizo deixaram um rastro de destrui��o. Os estragos foram registrados em 26 cidades catarinenses e os preju�zos ainda s�o contabilizados.
At� o momento s�o 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados
O Laborat�rio de Clima da Defesa Civil do Estado informou que o primeiro tornado fez um tra�ado nos munic�pios de �gua Doce, Ibicar� e Tangar�, no Oeste catarinense. J� o segundo afetou o munic�pio de Irine�polis, no Planalto Norte. Houve, ainda, micro explos�es e chuva de granizo intensa. Em Vargem Bonita, com 4,7 mil habitantes, 80% das resid�ncias foram danificadas.
Um dos munic�pios mais atingidos foi �gua Doce, onde 11 pessoas ficaram feridas, duas em estado grave; 700 casas foram danificadas, sendo 25 completamente destru�das. O prefeito Ant�nio Jos� Bissani (PP) decretou situa��o de calamidade. Em Ibicar�, duas igrejas e dois pavilh�es foram destru�dos. E em Tangar� ocorreram destelhamentos em todos os bairros. Estima-se que 90% das casas e empresas foram atingidas. Cinco pessoas ficaram feridas na cidade.
A morte registrada at� a tarde deste domingo, 16, ocorreu no mar, na regi�o do Litoral Norte. Um pescador de 22 anos foi surpreendido pela tempestade e n�o conseguiu retornar. O corpo foi encontrado na tarde de s�bado.
At� o momento s�o 16 feridos nas 26 cidades atingidas, sendo 830 pessoas desabrigadas e 197 desalojados. A Defesa Civil ainda faz levantamento dos estragos. O chefe do �rg�o, Jo�o Batista Cordeiro Jr, viajou para o Oeste, onde mant�m di�logo direto com as prefeituras atingidas. O principal foco, neste momento, � a entrega de itens de assist�ncia humanit�ria, como lonas, colch�es e alimentos.
Em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h
Em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h Foto: Fl�vio Jr./Defesa Civil de Santa Catarina
A Metsul, que monitora fen�menos no Sul do Pa�s, informou que, pelos danos observados, os tornados que atingiram Santa Catarina s�o compat�veis com tornados variando de F1 a F2 na escala de Fujita, logo, em alguns pontos, o vento pode ter ficado perto ou mesmo atingido os 200 km/h. A escala vai de F0 (tornados menos destrutivos) a F5 (arrasador).
Em 30 de junho e 1º de julho, o estado de Santa Catarina j� tinha sido atingido por um ciclone bomba, que deixou nove mortos em SC e um no Rio Grande do Sul.
Na sexta-feira, 14, at� as 20h, foram divulgados 16 alertas de curt�ssimo prazo pela Defesa Civil do Estado, elaborados com base nas imagens de radar e de sat�lite. Foram emitidos oito observa��es, sete aten��es e um alerta. Alertas de instabilidade tamb�m haviam sido disparados ao longo da semana passada.
A biom�dica Mariana Denk registrou o fen�meno em Irine�polis pela janela de casa, e disse que foi "uma cena de filme". "O tornado estava come�ando e eu sa� para chamar minha fam�lia, que estava ali [fora] lidando com as vacas. Deu tempo de s� de entrarmos, quando vimos o redemoinho se dividindo em dois. Ele se deslocou em dire��o � serra e, l� do outro lado, destruiu casas, garagens, estufas, o que tinha pela frente", lembra. "Uma cena que eu nunca imaginava ver na minha vida, cena de filme, um horror", conta.
Segundo ela, o fen�meno destruiu uma casa na regi�o e carregou a fam�lia que estava im�vel. Mariana conta que as pessoas rolaram por cerca de 40 metros com a for�a do vento. "Muita destrui��o", emendou..