Em compasso com o crescente cen�rio de devasta��o da Amaz�nia, as queimadas de florestas registraram crescimento m�dio de 13% em todo o mundo, segundo relat�rio realizado pela organiza��o ambiental WWF e o Boston Consulting Group (BCG).
A expans�o irregular da agricultura e a extra��o ilegal madeira continuam a ser os principais vetores. Isoladamente, a Amaz�nia puxa os �ndices de queimada para cima. Os dados mostram que os inc�ndios na Amaz�nia brasileira neste ano s�o 45% maiores do que a m�dia de dez anos e 35% maiores do que nos �ltimos tr�s anos.
O n�mero de queimadas na regi�o atingiu a maior alta em 13 anos em junho, no in�cio da esta��o seca. Em julho, foram detectados 6.803 focos de inc�ndios, 28% a mais do que o mesmo per�odo em 2019. Simultaneamente, o desmatamento tem crescido de forma constante na Amaz�nia brasileira. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, os alertas de desmatamento foram 33% maiores no do que em igual per�odo do ano anterior.
"A trag�dia que testemunhamos em 2019 n�o ficou restrita �quele ano e vem se repetindo em 2020. Se nada for feito, veremos um ciclo de altos n�veis de desmatamento e queimadas se repetindo anualmente, j� que as �reas desmatadas s�o bem mais vulner�veis �s queimadas na Amaz�nia", diz Mariana Napolitano, gerente de ci�ncias do WWF-Brasil.
Fora os danos ambientais, o impacto � sentido diretamente na sa�de da popula��o. Todos os anos, ocorrem cerca de 340 mil mortes prematuras causadas por problemas respirat�rios e cardiovasculares atribu�dos � fuma�a de inc�ndios florestais.
Em termos de emiss�es de gases de efeito estufa, as queimadas em florestas est�o entre os protagonistas. Em 2019, a queima de florestas na Amaz�nia, Austr�lia e Indon�sia representaram 4% do total de emiss�es de carbono do mundo. Nos �ltimos 35 anos, as temperaturas acima do normal aumentaram a dura��o m�dia da temporada de fogo entre 30% e 50%.
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