Pol�cia Civil alertou h� duas semanas sobre possibilidade de invas�o � favela

A Pol�cia Civil do Rio alertou h� cerca de duas semanas para a possibilidade de invas�o do Morro do S�o Carlos, favela na regi�o central do Rio de Janeiro que registrou intensos tiroteios entre essa quarta e quinta-feira, 27. A informa��o foi repassada para a Pol�cia Militar. N�o havia, contudo, informa��es sobre quando a poss�vel invas�o ocorreria.

"H� cerca de duas semanas o setor de intelig�ncia da 6� DP (Cidade Nova) detectou uma movimenta��o de traficantes de uma fac��o criminosa que pretendiam tomar o territ�rio de comunidades que fazem parte do Complexo do S�o Carlos e t�m influ�ncia de outra fac��o", informou em nota a Secretaria de Estado de Pol�cia Civil. "Os dados foram difundidos para a Subsecretaria de Intelig�ncia da Pol�cia Civil, que repassou as informa��es para a Intelig�ncia da Pol�cia Militar. Apesar da continuidade do monitoramento, n�o foram captadas mais informa��es de que o fato seria nesta quarta-feira."

No mesmo comunicado, a Pol�cia Civil declarou que "todas as vezes em que h� not�cias desse tipo de movimenta��o, mesmo sem uma defini��o se o fato ocorrer� efetivamente, as Pol�cias Civil e Militar planejam a��es de ocupa��o e de capturas de criminosos. O planejamento visa enfraquecer a eventual articula��o e movimenta��o de traficantes nesse sentido".

Decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, impede opera��es policiais em favelas durante a pandemia, � exce��o de casos "absolutamente excepcionais". A determina��o n�o deixa claro quais seriam esses casos.

Porta-voz da Pol�cia Militar, o coronel Mauro Fliess n�o quis comentar se a tentativa de invas�o ao Morro do S�o Carlos - que deixou pelo menos dois mortos e oito feridos entre essa quarta e quinta-feira - poderia ter sido evitada caso uma opera��o na favela tivesse sido realizada nos �ltimos dias, mas afirmou que a aus�ncia da pol�cia incentiva criminosos.

"Diante de uma decis�o do STF, que respeitamos e cumprimos na �ntegra, temos reduzido a nossa presen�a em �reas conflagradas. Isso tem dado ao criminoso uma falsa sensa��o de que ele pode tudo. Ele acha que pode se fortalecer, que vai partir da comunidade dele para efetuar ataques em outras comunidades", declarou Fliess. "A presen�a constante da Pol�cia Militar em �reas conflagradas reduz essa possibilidade de mobiliza��o de grupos criminosos."