
Devido �s chamas, parte dos pacientes internados foi retirada �s pressas do local, alguns em macas. Houve a necessidade de esperar quase uma hora no estacionamento privado do hospital para retornar � unidade. Alguns chegaram a ser transferidos para o Hospital do Cora��o, tamb�m pertencente � Rede D’Or Bras�lia, pr�ximo dali. N�o houve v�timas.
O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado �s 10h11 e chegou ao local em seis minutos. No total, 80 militares e 24 ve�culos atenderam � ocorr�ncia. Segundo o major Alisson Kr�guer, respons�vel pela opera��o, o fogo, de fato, teria come�ado no sistema de refrigera��o. “Inicialmente, um servi�o de manuten��o de solda em equipamento de ar-condicionado no terra�o teria provocado o inc�ndio”, informou.
Al�m da correria e do susto, o inc�ndio provocou situa��es inusitadas, como de Nasser Romeu, 23 anos, que conheceu o filho rec�m-nascido no estacionamento da unidade de sa�de. “A minha esposa entrou na cirurgia para fazer a cesariana e, quando retiraram o Samir, meu filho, e come�aram a fazer a sutura nela, iniciou-se o inc�ndio”, relembrou.
Na hora do inc�ndio, um m�dico do Hospital Santa Luzia fazia uma opera��o, no quarto andar. “A cirurgia teve de ser interrompida naquele momento. As anestesistas acordaram o paciente no meio do processo para retir�-lo do hospital”, contou. Segundo o profissional de sa�de, que n�o quis se identificar, as equipes da enfermaria e os brigadistas do hospital ajudaram na retirada de quem estava no local.
Kenia Maria, 35, tinha visitado o pai mais cedo e, ap�s saber do inc�ndio, voltou para o hospital. “Quando eu cheguei, os pacientes estavam sendo transferidos. O meu pai, no caso, foi levado para o Hospital do Cora��o. Ele me contou que n�o chegou a sentir cheiro de fuma�a l� e que tudo foi resolvido com muita calma e cautela” relatou a familiar.
Evas�o
Em nota, a assessoria do Hospital Santa Luzia esclareceu que houve um foco isolado de inc�ndio em um equipamento instalado no telhado da unidade, mas que a situa��o foi, rapidamente, controlada pela Brigada de Inc�ndio e pelo Corpo de Bombeiros. “Foi realizada a evacua��o preventiva de pacientes, cumprindo corretamente o que determina o protocolo de seguran�a, e os mesmos foram reacomodados de volta ao hospital ap�s autoriza��o do Corpo de Bombeiros. N�o houve feridos”, esclareceu.
Segundo o presidente da Associa��o Brasileira de Sprinklers (ABSpk), Felipe Melo, especialista em medidas de prote��o contra inc�ndios e emerg�ncias, outros motivos ligados � rede el�trica tamb�m podem causar inc�ndios. “Al�m de problemas com soldas de ar-condicionado, � comum a gente ver casos envolvendo coifa de cozinha, devido a ac�mulos em dutos de ventila��o ou at� mesmo em fritadeiras”, explicou. Por isso, a aten��o deve ser redobrada. “Uma das medidas de seguran�a que pode ajudar muito nesses momentos s�o rotas de fuga nos hospitais, que ajudam em uma evacua��o mais r�pida, e a ado��o de chuveiros autom�ticos, chamados de sprinklers, que controlam o inc�ndio logo no in�cio”, aconselhou.
Depoimentos
“Foi um susto muito grande”
“Quando soube, vim direto ao hospital para saber como estava o meu pai, que tem 95 anos. Ele me contou que foi um susto muito grande, porque, quando ouviu sobre a fuma�a e viu muita gente correndo, ficou preocupado se conseguiria sair. At� ontem (sexta), ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19, que fica no primeiro andar e, como havia cumprido a quarentena, foi transferido, hoje (s�bado), para a UTI do terceiro andar, para tratar algumas sequelas da doen�a, ent�o, ele est� bastante debilitado. Ele contou por v�ideochamada que chegou a sair do hospital carregado por um m�dico, com a ajuda de uma enfermeira. Disse que ficou muito assustado e que, depois disso, n�o v� a hora de ir para casa.”
Eliane Santos, 54 anos, publicit�ria
Transfer�ncia de hospital
“Eu recebi as imagens pelo WhatsApp e fui com o meu irm�o direto para o hospital saber onde o nosso pai estava. Ele foi v�tima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), recentemente, e estava na UTI do hospital. Como eu trabalho na parte de evento e vi pelas imagens que o fogo estava na parte de cima, fiquei mais tranquilo, porque n�o havia risco de o fogo descer. Quando chegamos � proximidade do hospital, n�o se via mais fuma�a. Ao chegar l�, descobrimos que ele havia sido transferido para o Hospital do Cora��o, mas, como ele est� sonolento, acredito que n�o ficou sabendo do acidente. Quando chegamos l�, mostraram uma foto dele para a gente e disseram que ele estava bem. Preocupados com a ventila��o no local que ele estava internado, decidimos transferi-lo para outro hospital.”
Sandro Eduardo Ferreira, 47, produtor
Mem�ria
24 de janeiro de 2019
Um princ�pio de inc�ndio no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) fez com que cerca de 112 pacientes internados no pronto-socorro precisassem ser removidos �s pressas do local. Pessoas que se encontravam na sala de admiss�o e no box de trauma chegaram a ser realocadas para a Sala Vermelha e para as enfermarias. No entanto, os atendimentos foram suspensos, e cerca de 60 pacientes tiveram de ser transferidos para outros hospitais. Um curto-circuito provocou as chamas, e os corredores ficaram cheios de fuma�a. O fogo foi contido devido ao rompimento de um cano de �gua na �rea atingida. Ningu�m se feriu.
12 de julho de 2018
Um princ�pio de inc�ndio atingiu a rede el�trica do Hospital de Base do Distrito Federal e afetou o sistema de armazenamento de informa��es dos pacientes. N�o houve chamas, mas a pane provocou fuma�a na regi�o onde ficam os equipamentos de registro da unidade de sa�de. Dias antes, a subesta��o de energia passou por reparos e, no momento de religa��o do sistema principal, um pico de energia provocou o curto. As m�quinas atingidas armazenam dados de pacientes de diversos hospitais, centros de sa�de, al�m de laborat�rios da rede p�blica do DF. A situa��o provocou atraso em in�meros atendimentos.