Seis meses e uma semana foi o tempo que o Brasil levou para somar 4 milh�es de pessoas infectadas pelo novo coronav�rus. A marca foi registrada nesta quarta-feira, 2, com a contabiliza��o de 48.632 novos casos nas �ltimas 24 horas, segundo levantamento feito por Estad�o, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto �s secretarias estaduais de Sa�de. Em rela��o �s mortes, a m�dia di�ria vinha caindo, mas registrou pequeno aumento e ficou em 878, referente aos sete dias anteriores. Ao todo, 123.899 brasileiros morreram em decorr�ncia da covid-19 e 4.001.422 se contaminaram.
Nas �ltimas 24 horas, 1.218 novos �bitos foram acrescidos ao n�mero total, e o Pa�s segue como o segundo mais afetado do mundo em termos de casos e mortes, atr�s dos Estados Unidos. O balan�o mais recente do Minist�rio da Sa�de, divulgado no fim da tarde desta quarta-feira, mostra que 3.210.405 pessoas se recuperaram da covid-19 e outras 663.680 ainda est�o em acompanhamento.
Um cen�rio de queda em rela��o a casos e mortes tem sido visto no Brasil como um todo, e at� mesmo a taxa de cont�gio diminuiu pela segunda vez desde abril. Por�m, esses ind�cios promissores ocorrem s� agora, depois de mais de um semestre de pandemia no Pa�s, ao custo de 4 milh�es de casos e mais de 120 mil mortes. Isso � reflexo da a��o descoordenada de resposta � covid-19, avalia o infectologista Evaldo Stanislau de Ara�jo, do Hospital das Cl�nicas da Faculdade de Medicina da USP.
"Enquanto outros pa�ses levaram mais a s�rio e conseguiram diminuir n�mero de casos e circula��o do v�rus com lockdown, por exemplo, a gente teve sucessivos exemplos de uma sabotagem das recomenda��es de medidas de conten��o n�o farmacol�gicas, at� de quem est� no poder", diz o m�dico, que � membro da diretoria da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI). Ele observa que o fato de o Brasil ter adotado uma pol�tica muito heterog�nea de enfrentamento, "quem ganhou corpo foi o v�rus" e o resultado foi a pandemia crescendo.
O que tamb�m permite entender o crescente aumento de casos no Pa�s � a forma como o v�rus se espalhou, come�ando pelos grandes centros urbanos e depois se dirigindo ao interior dos Estados. "Causou um descompasso. Enquanto tem regi�es metropolitanas caindo e regi�es do interior crescendo, o total ainda � de crescimento de casos", afirma Ara�jo.
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