Bancada evang�lica repudia cr�ticas a religiosos por caso Flordelis

A Frente Parlamentar Evang�lica do Congresso divulgou nota nesta quinta-feira, 3, em que diz considerar "reprov�vel e repugnante" o comportamento "daqueles que tentam nivelar o segmento evang�lico do Brasil pelo ocorrido com a deputada federal Flordelis (PSD-RJ)". A parlamentar � acusada pelo assassinato marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em junho do ano passado.

Na nota, a chamada "bancada evang�lica" diz que "n�o � natural nem aceit�vel que algu�m que se intitule crist�o possa cometer ato t�o absurdo, como envolver-se em um assassinato brutal que chocou o Brasil". Flordelis � cantora gospel e comanda igrejas do segmento evang�lico que levam o seu nome, Minist�rio Flordelis.

"Ressaltamos que a inten��o da FPE em momento algum � fazer pr�-julgamento, pelo contr�rio, muito nos alegrar� se ao final do processo, restar-se comprovada a inoc�ncia da deputada. No entanto, temos que admitir que, at� o momento, nenhum fato favor�vel a deputada foi apurado, muito pelo contr�rio", diz a nota divulgada pela bancada, composta por 195 deputados e 8 senadores.

Flordelis foi denunciada pelo Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro como mandante do crime. Dois filhos dela - entres adotados e biol�gicos, s�o 55 - j� estavam presos. No �ltimo dia 24, outros cinco, al�m de uma neta, tamb�m foram para a cadeia acusados de participa��o no assassinato.

A investiga��o durou mais de um ano, e os respons�veis pelo inqu�rito conclu�ram que a deputada "foi a autora intelectual, a grande cabe�a desse crime". A defesa de Flordelis nega o envolvimento da parlamentar e diz que a investiga��o � "contradit�ria e espetaculosa".

Al�m do processo na Justi�a, Flordelis tamb�m corre o risco de perder o seu mandato. Na ter�a-feira, 1, a Mesa Diretora da C�mara encaminhou uma representa��o feita pelo deputado L�o Motta (PSL-MG) contra a deputada para a Corregedoria da C�mara. Este � o primeiro passo para um processo de cassa��o.

Em entrevista ao Estad�o, o presidente do Conselho de �tica da C�mara, colegiado que deve avaliar o caso, afirmou que a ideia � levar o tema a vota��o o mais breve poss�vel. "Vamos tentar dar celeridade �s respostas que todos esperam", disse Juscelino Filho (DEM-MA).

O PSD, partido da parlamentar, tamb�m abriu um procedimento interna para expuls�-la.

VEJA ABAIXO A �NTEGRA DA NOTA DA BANCADA EVANG�LICA:

"A Frente Parlamentar Evang�lica no Congresso Nacional vem a p�blico manifestar seu rep�dio ao comportamento anticrist�o, anti�tico, reprov�vel e repugnante daqueles que tentam nivelar o segmento evang�lico do Brasil pelo ocorrido com a deputada federal Flordelis, conforme demonstrado pelas investiga��es policiais em curso e amplamente divulgados pela m�dia.

Para FPE, mesmo respeitado o amplo direito de defesa, n�o � natural nem aceit�vel que algu�m que se intitule Crist�o possa cometer ato t�o absurdo, como envolver-se em um assassinato brutal que chocou o Brasil. Infelizmente, � medida em que as investiga��es avan�am, mais crimes estarrecedores v�o se revelando e trazendo � tona fatos que jamais poder�amos imaginar.

Diante de acusa��es e evid�ncias t�o contundentes, resta a FPE ressaltar seu profundo descontentamento com os fatos ocorridos e levantar-se em defesa das fam�lias, do povo evang�lico do Brasil e do genu�no evangelho do Senhor Jesus Cristo, que nada tem a ver com pr�ticas t�o deplor�veis e repugnantes como as que parecem ter sido protagonizadas pela deputada. Pelo contr�rio, aprendemos nos ensinos b�blicos a dar bom testemunho de Cristo, fugindo do mal; "antes seguindo a justi�a, a piedade, a f�, o amor, a const�ncia e a mansid�o" (I Tim�teo 6:11).

Ressaltamos que a inten��o da FPE em momento algum � fazer pr�-julgamento, pelo contr�rio, muito nos alegrar� se ao final do processo, restar-se comprovada a inoc�ncia da deputada. No entanto, temos que admitir que, at� o momento, nenhum fato favor�vel a deputada foi apurado, muito pelo contr�rio.

Estamos orando para que os fatos se esclare�am definitivamente, para que a justi�a se estabele�a e o bem, como sempre, prevale�a."