OMS diz que n�o espera vacina��o em massa contra covid-19 antes de meados de 2021

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) disse, nesta sexta-feira, 4, que n�o espera uma ampla vacina��o contra o novo coronav�rus antes de meados de 2021. "Um n�mero consider�vel de candidatos j� entrou na fase 3 dos testes. Sabemos de pelo menos seis a nove que j� percorreram um longo caminho em termos de pesquisa", disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris, em coletiva de imprensa, em Genebra.

"Mas em termos de um cronograma realista, n�o esperamos ver uma ampla vacina��o antes de meados do pr�ximo ano", acrescentou. A porta-voz explicou que a fase 3 dos estudos cl�nicos - ou seja, a etapa de testes em massa com volunt�rios - leva tempo, pois os cientistas devem verificar se as vacinas s�o eficazes e seguras.

H� uma grande competi��o para desenvolver um imunizante contra covid-19. Nos Estados Unidos, pa�s com o maior n�mero de mortes no mundo, os Centros de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) pediram "urgentemente" aos Estados que fa�am o que for necess�rio para que os centros de distribui��o de uma futura vacina possam ser "completamente operacionais antes de 1� de novembro de 2020", ou seja, pouco antes da elei��o presidencial. No final de agosto, o presidente americano, Donald Trump, prometeu uma vacina ainda "este ano".

Outro pa�s que est� na corrida � a R�ssia. Nesta sexta-feira, um artigo publicado pela revista The Lancet apontou que o grupo de pacientes que participou de um estudo preliminar da vacina russa desenvolveu uma resposta imune sem nenhum efeito colateral s�rio. Os resultados dos dois testes, conduzidos em junho-julho deste ano e envolvendo 76 participantes, mostraram que 100% deles desenvolveram anticorpos para a doen�a.

No entanto, esses resultados preliminares n�o provam que a vacina protege efetivamente contra a infec��o por covid-19, j� que outros estudos s�o necess�rios, afirmam especialistas.

Em Genebra, Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, explicou esta semana que a organiza��o est� trabalhando com especialistas de todo o mundo para "propor crit�rios" para a seguran�a e efic�cia de futuras vacinas. "Gostar�amos de ver uma vacina com efic�cia de pelo menos 50%, de prefer�ncia superior", disse.