
“Nesse golpe, algu�m liga e faz uma s�rie de perguntas: se tem algu�m doente na fam�lia, se teve febre recentemente, se est� usando m�scara. No final, a pessoa fala que vai mandar um c�digo de seis d�gitos para confirmar a pesquisa”, narra o delegado. O c�digo pedido pelo criminoso � o que possibilita que ele tome o controle da conta de WhatsApp das v�timas.
Com o aumento dos golpes feitos pela internet durante a pandemia, a Pol�cia Civil preparou uma cartilha aos cidad�os explicando os golpes mais comuns no DF, como o falso motoboy de banco e o golpe dos investimentos.
Al�m desses, outro truque usado � a fabrica��o de sites e e-mails falsos com o objetivo de roubar dados, pr�tica conhecida como phishing (que significa pescaria, em ingl�s). Nesse golpe, os criminosos mandam um e-mail ou mensagem de texto fingindo ser uma institui��o confi�vel, geralmente o banco. A mensagem cont�m um link que direciona para um site falso, mas que parece original, sob controle dos bandidos.
“O objetivo desse phishing � obter seus dados banc�rios para invadir a sua conta. Geralmente, o banco n�o se comunica com o cliente por SMS e nem pede informa��o”, explica o delegado.
Dados
Para aplicar os golpes, os bandidos podem se valer de ferramentas l�citas, como vendas de listas de consumidores em e-commerce, cita Zuliani. “� poss�vel conseguir listas de grupos de clientes, por exemplo, se eu quiser um lista de m�dicos de Belo Horizonte para vender produtos”, conta.
“Os dados tem valor porque, por exemplo, no golpe do WhatsApp, o criminoso consegue a sua foto, o seu nome, faz uma pesquisa e consegue informa��es sobre seus parentes, e essas informa��es v�o proporcionar os benef�cios que eles querem”, afirma Zuliani.
Para se proteger, o delegado aconselha que as pessoas habilitem a autentica��o de dois fatores no WhatsApp e em todos os servi�os que tenham essa ferramenta de seguran�a. O delegado aconselha, ainda, que n�o se repitam as mesmas senhas para v�rios sites. Para isso � poss�vel usar um gerenciador de senhas, dispon�veis gratuitamente.
Ao fazer compras na internet, perceber se o boleto vai para uma pessoa f�sica quando se negociou com uma pessoa jur�dica, e vice-versa. Outro ponto importante � prestar aten��o aos dom�nios dos sites. “O nosso sistema de dom�nio � muito bom, o ‘.com.br’. O criminoso vai partir para o ‘.com’ o ‘.org’ ou ‘.net’”, explica Giancarlos.
“� preciso curiosidade antes de fechar neg�cio. � o que vai dizer se a pessoa pode ser ou n�o v�tima de um crime”, concluiu o delegado.
* Estagi�rio sob supervis�o de Adson Boaventura