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Estado de Minas GERAL

Principal alvo de opera��o do MP, 'substituto de Marcola' no PCC est� foragido


14/09/2020 18:35

Investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo (MPE-SP) aponta que Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, � o substituto de Marcola e ocupa hoje o posto de maior lideran�a do Primeiro Comando da Capital (PCC) em atividade. Ele era o principal alvo da opera��o Sharks, deflagrada nesta segunda-feira, 14, e est� foragido.

A opera��o do MPE-SP, em conjunto com a Pol�cia Militar, mirou a nova c�pula da fac��o, que se formou ap�s a transfer�ncia das principais lideran�as do PCC para pres�dios federais, em fevereiro de 2019, de acordo com a promotoria. Ao todo, foram expedidos 12 mandados de pris�o: dois deles foram cumpridos, um alvo morreu em suposto confronto com a PM e nove investigados seguem foragidos. Tamb�m houve outras duas pris�es em flagrante.

Tuta est� entre os alvos que n�o foram localizados at� o momento. Segundo a promotoria, ele faz parte da chamada "Sintonia Final da Rua", a principal da cadeia de comando do PCC fora dos pres�dios, e � tratado como o sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, historicamente a maior lideran�a da fac��o.

A apura��o do MPE-SP teve in�cio no ano passado e mirou um total de 21 suspeitos de integrar a c�pula do PCC. Oito deles, no entanto, foram presos durante o curso da investiga��o e outro morreu de causa natural. Os 12 restantes � que se tornaram alvo da Opera��o Sharks.

De acordo com o MPE-SP, Tuta teria passagens por roubo a banco e tr�fico de drogas e conheceu Marcola no pres�dio de Presidente Venceslau, no interior de S�o Paulo. Ele estava em liberdade h� pelo menos tr�s anos, ap�s cumprir pena. Uma vez nas ruas, teria passado a ganhar import�ncia nas atividades do PCC e escalonou na hierarquia da fac��o.

Segundo a investiga��o, ele seria respons�vel por comandar os integrantes soltos da organiza��o criminosa, mantendo contato com a c�pula que est� na cadeia. Tamb�m � suspeito de ser respons�vel pelos planos de fuga das lideran�as em pres�dios federais e de planejar assassinatos de agentes e autoridades p�blicas em repres�lia �s a��es contra a fac��o.

H� suspeita, ainda, de que Tuta exer�a cargo de adido da embaixada de Mo�ambique, embora suas atividades nessa fun��o sejam desconhecidas, segundo afirma o MPE-SP. Foi em Mo�ambique que a Pol�cia Federal prendeu, em abril, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, considerado o principal fornecedor de droga do PCC.

Alvos fazem parte da c�pula e tinham vida de luxo, diz MP

A a��o foi deflagrada pelo Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE-SP nesta manh�. Al�m das ordens de pris�o, os agentes cumpriram cerca de 40 mandados de busca e apreens�o na capital, Grande S�o Paulo, Baixada Santista e interior. H� suspeita de que alguns alvos estejam em pa�ses da Am�rica Latina, comandando atividades log�sticas da fac��o.

O investigado Jos� Carlos de Oliveira teria entrado em confronto com a pol�cia e morreu ap�s tiroteio em Praia Grande, no litoral paulista. No local, os agentes afirmam ter encontrado explosivos escondidos.

Durante as buscas foi apreendida quantia superior a R$ 100 mil em dinheiro vivo, al�m de diversos ve�culos de luxo, por��es de drogas, uma pistola calibre 9 mm., muni��o e oito cartuchos de emuls�o explosiva (TNT). Os agentes encontraram tamb�m diversos equipamentos eletr�nicos e documentos.

"A opera��o � considerada por n�s como a mais importante desde a remo��o do Marcola e demais l�deres para o sistema penitenci�rio federal. Porque foi identificado farto conjunto probat�rio, todos os l�deres que foram indicados pelo Marcola e demais l�deres para assumirem todos os setores da fac��o aqui na rua", afirma o promotor Lincoln Gakiya que conduz as investiga��es junto ao MP-SP.

Segundo o promotor, as investiga��es tiveram in�cio ap�s a pris�o de um integrante do PCC que tinha o apelido de "Tubar�o", que seria respons�vel pelo setor financeiro da fac��o. Na ocasi�o, os agentes apreenderam diversos documentos com a contabilidade do grupo criminoso, entre eles planilhas que detalhavam inclusive o envio de milhares de reais para o Paraguai e para a Bol�via.

"O importante foi a identifica��o desses indiv�duos, que integram a c�pula do PCC hoje em exerc�cio, e a responsabiliza��o criminal deles. Ainda que alguns n�o sejam presos na data de hoje - possivelmente estejam no Paraguai e na Bol�via -, as diligencias v�o continuar e logo vamos ter a pris�o de todos os investigados", indicou o promotor.

Os promotores apontam que a c�pula da fac��o comanda um sistema que movimenta mais de R$ 100 milh�es anualmente - montante proveniente do tr�fico de drogas e da arrecada��o de valores de seus integrantes. Para ocultar os valores, os faccionados compravam ve�culos e usavam im�veis com fundos falsos ('casas-cofre') para ocultar dinheiro vivo antes de realizar transfer�ncias, muitas vezes por doleiros.

"As investiga��es revelaram a cadeia log�stica do tr�fico de drogas da fac��o, bem como a sucess�o entre suas principais lideran�as a frente da fonte de maior renda da organiza��o criminosa, indicando, ao final, a participa��o de 21 pessoas, algumas presas durante as investiga��es", informou o MP-SP em nota.


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