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Estado de Minas GERAL

Em meio �s queimadas, covid preocupa


15/09/2020 16:37

O fogo e a fuma�a s�o vistos a dist�ncia, mas outro inimigo que ronda o Pantanal do Mato Grosso � invis�vel. Apesar da pandemia de covid-19 ter reduzido o fluxo de turistas dessa �poca do ano, grupos de visitantes que chegam por ar e terra a partir de centros urbanos podem trazer o novo coronav�rus para ribeirinhos que est�o a 150 km de um hospital. Nas comunidades localizadas na extremidade final da Rodovia Transpantaneira, a quase 300 quil�metros de Cuiab�, os protocolos sanit�rios inexistem. Idosos convivem sem m�scaras e crian�as brincam na beira de rios, de onde partem forasteiros em busca dos animais t�picos.

A eventual entrada da doen�a na regi�o de Porto Jofre pode ser devastadora num lugar isolado de equipamentos estatais. Para servi�os m�dicos e f�nebres depende-se da estrutura de Pocon� e Cuiab�. N�o raro, nativos enterram entes em jazigos dentro das propriedades rurais.

No Pantanal, predomina a vers�o de que o v�rus n�o � p�reo para o calor de mais de 40�C. Em bate-papo com a reportagem em uma roda, moradores justificam a falta de m�scara. "Covid n�o sobrevive aqui n�o", diz um deles, sem lembrar que o micro-organismo circula no ar e pode ser transmitido num aperto de m�o.

A primeira refer�ncia m�dica para assuntos relacionados � covid-19 na regi�o fica no centro de Pocon�, cidade de 32 mil habitantes. Os sinais de que o Brasil vive uma pandemia que matou 3.082 pessoas em Mato Grosso est�o em algumas pousadas. Os visitantes chegam de m�scaras de prote��o f�cil, mas logo se distraem com piscinas e cervejas. O calor que chega aos 45 �C � um desest�mulo � prote��o.

A popula��o desconhece casos de infec��o nas redondezas, mas quem interage mais intensamente com turistas prefere a cautela. Em uma pousada visitada pelo Estad�o, �s margens do Rio Cuiab�, em Porto Jofre, a 145 quil�metros de Pocon�, luvas e m�scaras s�o exigidas na retirada do caf� da manh�. "O coronav�rus n�o me preocupa, eu s� uso a m�scara por respeito �s demais pessoas", disse o engenheiro civil holand�s Jean-Paul Middel, 33 anos. Ele ostentava uma m�scara com desenho de um tucano. O estrangeiro sentiu que era hora de um per�odo fora da Europa e quis que o risco valesse � pena. Pela primeira vez, foi parar no cora��o do Pantanal.

A doen�a, no entanto, n�o faz distin��o das v�timas. Em julho passado, um dos l�deres da etnia xavante em Mato Grosso, o cacique Domingos Mahoro, de 60 anos, morreu infectado pela doen�a. Diab�tico e hipertenso, o cacique morreu na capital mato grossense ap�s ser transferido do interior do Estado. Mahoro, que era da aldeia Sangradouro, localizada pr�xima do munic�pio de General Carneiro (MT), era uma importante lideran�a ind�gena para a etnia xavante da regi�o.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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