Ap�s alta lota��o nas praias, casos de coronav�rus voltam a subir na Baixada

Os n�meros do novo coronav�rus interromperam a tend�ncia de queda e voltaram a subir na �ltima semana, na Baixada Santista, litoral do Estado de S�o Paulo. Considerando o per�odo de incuba��o do v�rus, o aumento pode estar relacionado �s altas lota��es das praias da regi�o entre o �ltimo fim de semana de agosto e o feriad�o de 7 de setembro. Especialista diz que a tend�ncia de redu��o que o Estado j� vive � inst�vel, sujeita a poss�veis aumentos de transmiss�o, por isso os cuidados devem ser mantidos. J� o governo estadual informou que os n�meros na regi�o indicam estabilidade na pandemia.

Os boletins das prefeituras mostram que a m�dia di�ria de casos de covid-19, que era de 476 na semana de 5 a 11 de agosto, foi baixando semana a semana, at� chegar � m�dia di�ria de 149 na semana do dia 2 ao dia 8 de setembro. J� na semana de 9 a 15 de setembro, a m�dia di�ria subiu para 196.

A m�dia di�ria de mortes teve comportamento semelhante. Era de 13 mortes por dia na semana de 5 a 11 de agosto e caiu gradativamente, at� fechar a semana de 2 a 8 de setembro com m�dia de 5 mortes di�rias. Na semana seguinte, no entanto, o n�mero subiu para uma m�dia di�ria de 8 mortes. Os n�meros mais recentes indicam que a tend�ncia de alta pode continuar. S� nesta quinta-feira, 17, em apenas tr�s cidades que atualizaram boletins - Santos, Guaruj� e Cubat�o - foram registrados cinco �bitos pela covid-19.

No total, a Baixada Santista chegou a 52,3 mil casos confirmados e 1.892 mortes pelo novo coronav�rus. Apenas Santos tem 19.089 casos e 597 �bitos, seguido por Guaruj� (7.910 casos e 372 �bitos), Praia Grande (7.869 casos e 225 mortes) e S�o Vicente (6.158 casos e 387 mortes). Nesta quinta-feira, o Estado de S�o Paulo registrava 916.821 casos positivos e 33.472 mortes pelo v�rus.

Mais carros

O aumento no fluxo de turistas para a Baixada Santista e outras cidades do litoral paulista acontece desde o fim de agosto, quando foi ampliada a reabertura do com�rcio e ficou mais dif�cil controlar o acesso �s praias. No fim de semana de 29 e 30 de agosto, o primeiro da retomada, imagens mostraram faixas de areia lotadas. No feriado da Independ�ncia, mesmo com a pandemia, o fluxo de turistas foi maior que em 2019.

No �ltimo fim de semana, 2,5 milh�es de ve�culos utilizaram as rodovias estaduais com destino ao Interior e ao litoral paulista, segundo dados da Secretaria de Log�stica e Transportes do Estado. O n�mero de carros foi 1,63% maior que o do �ltimo fim de semana de agosto, at� ent�o o mais movimentado desde o in�cio da pandemia. Em rodovias de acesso �s praias do litoral norte, o movimento aumentou entre 6,9% e 7,8%. J� no Sistema Anchieta-Imigrantes, de acesso � Baixada Santista, o aumento foi de 1,94%.

Para o m�dico infectologista Carlos Magno Fortaleza, ainda n�o � poss�vel afirmar com certeza se a oscila��o para cima nos casos de covid-19 na Baixada tem a ver com a lota��o das praias. "� importante dizer que o plat� com tend�ncia de redu��o nos casos e �bitos que a gente v� no Estado como um todo � uma tend�ncia geral que resulta de pequenas tend�ncias. Em longo prazo haver� uma redu��o vis�vel."

Segundo ele, a tend�ncia de redu��o da pandemia tem um equil�brio inst�vel, sujeito a grandes varia��es com poss�veis aumentos de transmiss�o. "Esses aumentos podem estar associados a mais pessoas nas praias, mas tamb�m � abertura de bares e restaurantes e com um pouco menos de cuidados. Esses refluxos com aumentos foram vistos na Europa e nos Estados Unidos. Na Europa chegou quase a configurar como uma segunda onda. Por essa raz�o � que n�o d� para baixar a guarda. A possibilidade de, em caso de maior exposi��o, aumentar o n�mero de casos, � real", disse.

'� cedo', diz secret�rio

O secret�rio estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que, levando em conta o per�odo m�dio de incuba��o e o aparecimento dos primeiros sintomas, � muito cedo para verificar qualquer altera��o da pandemia correlacionada ao movimento das praias durante o feriado da Independ�ncia. "Ainda se compararmos a quantidade de casos e interna��es dos dias anteriores com os dias posteriores ao feriado, teremos n�meros absolutamente est�veis na regi�o", disse. Segundo ele, o Estado continua orientando o respeito �s regras de isolamento social, a utiliza��o de m�scaras e a pol�tica de n�o aglomera��o, assim como a fiscaliza��o e orienta��o das prefeituras locais.