O economista Eduardo Fauzi, acusado de arremessar coquet�is molotov para dentro do pr�dio onde funciona a produtora do grupo humor�stico Porta dos Fundos, no Humait� (zona sul do Rio), em 24 de dezembro de 2019, vai responder por tentativa de homic�dio. Ele se tornou r�u nesta ter�a-feira, 22, quando a 3� Vara Criminal do Rio de Janeiro aceitou a den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico do Estado do Rio (MP-RJ).
Fauzi, que viajou para a R�ssia cinco dias depois do crime, est� preso em Moscou desde o in�cio deste m�s e aguarda a extradi��o para o Brasil. Na mesma decis�o que tornou Fauzi r�u, nesta ter�a-feira, 22, a Justi�a determinou sua pris�o preventiva.
O MP-RJ considera que, ao lan�ar os artefatos explosivos, Fauzi assumiu o risco de matar o vigilante que estava trabalhando na portaria do edif�cio. Como a porta de acesso ao edif�cio � de vidro, o vigilante podia ser visto pelo lado externo. Segundo o Minist�rio P�blico, o vigilante s� n�o morreu porque teve pronta rea��o, conseguindo controlar o inc�ndio causado e fugir do im�vel, apesar de a portaria ser pequena, com apenas uma sa�da.
Segundo a den�ncia, o delito foi praticado por motivo f�til - Fauzi, que segundo a investiga��o agiu acompanhado por outros quatro comparsas ainda n�o identificados, discordou do conte�do de um epis�dio especial de Natal protagonizado pelo Porta dos Fundos e produzido pela produtora atacada.
Para o juiz Alexandre Abrah�o, da 3� Vara Criminal do Rio, h� ind�cios de autoria, com base no relato da v�tima e de testemunhas, assim como h� risco � garantia da ordem p�blica caso o acusado seja mantido em liberdade.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE EDUARDO FAUZI
Em nota, o escrit�rio ROR Advocacia Criminal, que defende Fauzi, afirma que seu cliente n�o arremessou qualquer artefato contra a produtora e diz que "recebeu com surpresa" a decis�o judicial de aceitar a den�ncia. "Soa absurdo que, mesmo havendo um laudo pericial extenso" e "v�rios estudos do Instituto de Criminal�stica da Pol�cia do RJ afirmando que n�o houve explos�o e risco contra a vida de qualquer pessoa", Fauzi seja julgado "como um homicida". O escrit�rio afirma ainda que "demonstrar� a desnecessidade da decreta��o da pris�o preventiva" e provar� a inoc�ncia de seu cliente "de forma cristalina".
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