O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em transmiss�o ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira, 24, que se as terras ind�genas passassem a ocupar �rea equivalente a 20% do territ�rio nacional, o agroneg�cio seria "inviabilizado". Atualmente, 13,8% da extens�o do Pa�s � reservada a povos ind�genas. Ele alegou ainda que a expans�o das terras ind�genas para 20% do territ�rio seria uma vontade de "alguns pa�ses do primeiro mundo".
Ap�s ter rebatido cr�ticas � sua pol�tica ambiental na �ltima ter�a-feira, 22, em discurso na Assembleia-Geral das Na��es Unidas (ONU), hoje o presidente voltou a dizer que � acusado de "tocar fogo" na Amaz�nia e no Pantanal "ou n�o tomar provid�ncias" em rela��o ao alastramento das queimadas nas duas regi�es. Segundo o mandat�rio, o Brasil seria alvo de "um ataque criminoso" e "desinforma��o" como parte de um "jogo econ�mico".
Tamb�m participa da live semanal o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A transmiss�o � feita de S�o Paulo (SP), uma vez que o presidente passar� amanh�, 25, por cirurgia no hospital Albert Einstein para remover um c�lculo da bexiga.
Bolsonaro repetiu a afirma��o de que o Brasil seria "o pa�s que mais preserva" florestas tropicais, sem explicar, contudo, que fomos tamb�m o pa�s com a maior perda desse tipo de cobertura vegetal em 2019. "Temos commodities, o que produzimos no campo. Tem pa�ses - n�o quero citar nomes para n�o ter pol�mica, mas o pessoal deve saber qual pa�s europeu est� interessado nisso - que nos acusam de ser terroristas ambientais", continuou o presidente.
Al�m de pa�ses europeus e a imprensa, ele acusou a esquerda de, supostamente, "se aproveitar" dos inc�ndios florestais para tentar prejudic�-lo. Bolsonaro tamb�m repetiu, a exemplo da fala � ONU, que, nas suas palavras, "o �ndio" e "o caboclo tocam fogo no ro�ado".
"Fazemos o trabalho de conter o foco de inc�ndio, mas, problemas e medidas equivocadas no passado potencializam os inc�ndios", alegou o presidente.
Nesse ponto, Salles voltou a defender o uso do fogo de forma preventiva para diminuir o ac�mulo de mat�ria org�nica no solo. O ministro tamb�m repetiu a alega��o de que o "n�cleo" da floresta, por ser �mido, n�o estaria pegando fogo. "Pega no entorno da floresta, com a diminui��o da vegeta��o pela interven��o humana ao longo de 500 anos", acrescentou.
GERAL