Uma enorme m�scara azul cobria neste s�bado, 26, o logotipo do Hopi Hari logo na entrada quando o parque, localizado em Vinhedo (SP), foi reaberto ap�s quase sete meses fechado por causa da pandemia do novo coronav�rus. Na roleta de acesso, funcion�rios com face shields - as m�scaras de acr�lico - mediam a temperatura do p�blico e, no interior, faxineiros desinfetavam incansavelmente todos os brinquedos, bancos e superf�cies que encontravam pela frente, seguindo as novas regras.
Algumas das atra��es, como os cinemas e corredores de terror, continuam desativadas por funcionarem em espa�os fechados. J� as liberadas t�m marca��es no ch�o que indicam onde cada pessoa deve esperar sua vez na fila. Os 600 funcion�rios que trabalham no parque receberam um treinamento intensivo sobre como lidar com o p�blico nesse novo contexto.
"N�o posso permitir que as pessoas andem sem m�scaras, mas ao mesmo tempo temos de ter educa��o para cobrar isso sem constrangimento", diz Alexandre Rodrigues, o presidente do pa�s fict�cio que d� nome a um dos maiores parques da Am�rica Latina. Segundo ele, uma equipe interna trabalhou desde abril, em parceria com a Associa��o das Empresas de Parques de Divers�o do Brasil (Adibra), no desenvolvimento das novas normas de acesso.
Agora o Hopi Hari funciona com apenas 40% da sua capacidade de lota��o, o que significa um n�mero m�ximo de 11 mil pessoas por dia. E Rodrigues n�o descarta a ado��o de medidas adicionais, se houve necessidade: "Vamos testar na pr�tica". Abrindo entre sexta-feira e domingo, a expectativa do parque � de receber ao menos 100 mil visitantes at� o fim do ano.
Nas curtas filas de acesso aos brinquedos, o distanciamento social de um metro e meio n�o era respeitado � risca por todos os visitantes, mas a m�scara s� sa�a do rosto na pra�a de alimenta��o, onde adesivos nos bancos indicavam quais estavam liberados ou n�o para uso.
"Tem de 'pular' uma mesa para sentar", alertava a faxineira Josefa de Souza. Entre um grupo e outro, todos os brinquedos s�o desinfetados com �lcool em gel antes de come�arem o pr�ximo ciclo. Apesar de muitas, as precau��es n�o incomodavam quem visitou o parque na manh� quente de s�bado.
As engenheiras Tha�s Mendes, de 33 anos, e Carla Massari, de 37, chegaram �s 10 horas para levar os filhos Maria Julia, de 5 anos, e Gabriel, de 3, ao parque, em um raro momento ao ar livre, algo que n�o acontecia desde mar�o. "Ficamos completamente em casa esse tempo todo, s� � base de televis�o e doce", disse Tha�s.
Do Rio para SP
"Tem sido meio complicado", admitiu Rafael Rocha, de 39 anos, que saiu de Mangaratiba, no Rio, na noite de sexta-feira, 25 com os dois filhos e o sobrinho, com idades entre 7 e 13 anos. "Eles s� estavam saindo de casa para dar uma volta na rua � noite ou ir para a casa da av�, s� com TV e internet. N�o � a mesma coisa."
Rocha foi infectado pelo coronav�rus h� cerca de um m�s e passou tr�s semanas em isolamento. "Se eu comecei a me sentir mal ficando em casa, imagina elas (as crian�as)", afirmou.
O dia tamb�m foi de estreia para um grupo de dez amigos que trabalha na companhia a�rea Azul, no aeroporto de Viracopos, em Campinas, e que visitou no s�bado o parque pela primeira vez, ap�s algumas tentativas frustradas. "Depois de tanto tempo, foi reconfortante e renovador", contou Kananda Costa, de 23 anos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
GERAL