Defesa da mulher de 'Nem da Rocinha' estuda pedido de liberdade condicional

Diante da decis�o do ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), que, no in�cio do m�s, reduziu pela metade a pena de pris�o imposta a Dan�bia Rangel, mulher do traficante Ant�nio Bonfim Lopes, o "Nem da Rocinha", a defesa da "primeira-dama do tr�fico" pretende agora entrar com um pedido de liberdade condicional. A informa��o foi confirmada ao Estad�o pelo advogado Marcelo Jos� Cruz.

A defesa conseguiu a redu��o da pena, que passou de 17 anos e quatro meses de pris�o para oito anos, dois meses e 20 dias de deten��o, usando como base uma decis�o da 6� Turma do pr�prio STJ que, em junho, beneficiou o traficante Rog�rio Avelino da Silva, o "Rog�rio 157", r�u no mesmo processo por associa��o para o tr�fico e corrup��o ativa.

No habeas corpus, os advogados argumentaram que os mesmos moldes usados para redimensionar a pena do traficante deveriam ser aplicados no caso de Dan�bia em raz�o da "inequ�voca identidade f�tico-processual entre os dois sentenciados".

"As reprimendas da paciente (Dan�bia) foram, de fato, elevadas com base nos mesmos fundamentos empregados para a exaspera��o das penas do corr�u Rog�rio Avelino da Silva, de modo que, no tocante � dosimetria das penas, adoto como raz�es de decidir a mesma motiva��o", escreveu o ministro Nafi Cordeiro ao reduzir a pena.

Dan�bia est� presa desde outubro de 2017. Pelas contas dos advogados, ap�s a redu��o da pena e somando outros per�odos em que passou detida preventivamente, j� � poss�vel pedir o relaxamento do regime de pris�o.

A mulher de "Nem" foi denunciada pelo Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro por ter assumido o comando do tr�fico de drogas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, ap�s a pris�o do marido. Segundo os promotores, as visitas no pres�dio de seguran�a m�xima eram usadas para transmitir ordens, posteriormente repassas por ela � fac��o. "Patroa", "senhora" e "primeira-dama" eram algumas das alcunhas de Dan�bia entre os membros da organiza��o.