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Estado de Minas GERAL

PCC usa rede de postos de combust�veis para lavar dinheiro, diz investiga��o


30/09/2020 14:14

A investiga��o da Pol�cia Federal que levou � deflagra��o da Opera��o Rei do Crime nesta quarta-feira, 30, teve in�cio h� cerca de um ano e meio. Ao longo desse per�odo, os investigadores buscaram entender como a fac��o criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) operacionalizava a lavagem de dinheiro do narcotr�fico.

Os policiais federais firmaram parcerias com o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e com a Receita Federal para cruzar dados de intelig�ncia e mapear o 'caminho do dinheiro'. Os relat�rios apontaram movimenta��es financeiras at�picas na casa dos R$30 bilh�es, al�m da evolu��o patrimonial incompat�vel dos investigados.

O ponto de partida da PF foi a execu��o de duas lideran�as em raz�o de uma disputa interna na fac��o: Rog�rio Jeremias de Simone, o 'Geg� do Mangue', e Fabiano Alves de Souza, o 'Paca', assassinados em fevereiro de 2018. O dono da empresa que alugou o helic�ptero usado no crime foi identificado e, a partir da�, outras companhias e empres�rios entraram no escopo da investiga��o.

Sob a perspectiva econ�mico-financeira, as apura��es chegaram a uma rede de 73 empresas suspeitas ligadas, sobretudo, ao ramo de combust�veis na capital paulista. Al�m dos postos e lojas de conviv�ncias, companhias de assessoria e contabilidade tamb�m foram listadas pela Pol�cia Federal.

"A fac��o criminosa paulista � lavagem de dinheiro atrav�s de dezenas de empresas. S�o empres�rios que atuam h� d�cadas nesta �rea, se enriquecendo, crescendo, robustecendo, reverberando dinheiro que foi angariado com tr�fico de drogas", explicou Elvis Secco, que � Coordenador Geral de Repress�o �s Drogas, Armas e Fac��es Criminosas. "O dano que essa fac��o criminosa causa n�o � s� a viol�ncia, mas o poder atrav�s do dinheiro. Dinheiro � poder", completou.

Segundo a PF, a estrutura de lavagem de dinheiro foi ganhando sofistica��o ao longo do tempo. Em um primeiro momento, as empresas eram colocadas em nome de familiares de membros da fac��o criminosa. Na sequ�ncia, o PCC come�ou a usar 'laranjas profissionais' dispostos a 'queimar o CPF', no jarg�o da organiza��o. Na fase atual, as estruturas societ�rias passaram a ser compostas por uma teia de holdings montada para criar uma camada de prote��o e dificultar a identifica��o dos reais donos das empresas.

A lavagem era operacionalizada atrav�s da inje��o de dinheiro em esp�cie nos neg�cios, de transa��es financeiras milion�rias para empresas fict�cias e da compra de im�veis e ve�culos de luxo, conforme explicou o delegado Rodrigo de Campos Costa, coordenador da opera��o.

Os bens apreendidos e bloqueados na a��o de hoje somam mais de R$1 bilh�o. O objetivo foi descapitalizar o bra�o financeiro da fac��o. Al�m disso, 13 pessoas foram presas.

Segundo a PF, a opera��o foi batizada de Rei do Crime em alus�o a 'empres�rios que fomentam e financiam organiza��es criminosas sem praticar as a��es violentas por elas perpetradas'.


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