Governo de S�o Paulo anuncia retomada das obras da linha 6-laranja do Metr�

O governo de S�o Paulo anunciou a retomada das obras da linha 6-laranja do Metr�. De acordo com o governador Jo�o Doria (PSDB), as obras ser�o retomadas a partir desta ter�a-feira, 6. Segundo Doria, as obras estavam paradas desde 2016 e a previs�o de entrega completa � de cinco anos.

"Retomamos a partir de amanh� as obras da linha 6-laranja, que estavam paradas desde 2016. As obras recome�am com investimento de R$ 15 bilh�es. A previs�o de entrega completa � de cinco anos a partir de amanh�. Essa � a maior parceria P�blico-Privada em desenvolvimento na Am�rica Latina", afirmou Doria.

A linha � composta por 15 esta��es e tem mais 15 quil�metros de extens�o, e vai ligar zona norte ao centro (Brasil�ndia a S�o Joaquim). O projeto inclui 15 novas esta��es e contar� com integra��o para outras quatro linhas, do Metr� e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). "Essa linha vai passar pelas principais universidades de S�o Paulo. E, quando estiver conclu�da, vai transportar 630 mil passageiros. Lembrando que estamos na pandemia e SP d� uma demonstra��o de apoio �s obras e iniciativas de infraestrutura", disse o governador.

A constru��o e a opera��o da Linha 6-Laranja ser�o feitas pelo grupo espanhol Acciona, que adquiriu o direito do cons�rcio Move S�o Paulo. A concess�o inclui ainda a aquisi��o de toda a frota, que dever� ter 22 trens, e prev� 19 anos para manuten��o e opera��o.

O cons�rcio Move S�o Paulo, que foi quem venceu a licita��o para construir e operar a linha, no fim de 2013, era formado pelas construtoras Odebrecht, Queir�z Galv�o, UTC Engenharia e por um fundo de investimentos. Em setembro de 2016, sem recursos em caixa e sem linhas de cr�dito ap�s a Opera��o Lava Jato, as empresas desistiram da obra, que ficou parada. Desde ent�o, os governos Geraldo Alckmin (PSDB), M�rcio Fran�a (PSB) e Jo�o Doria (PSDB) n�o haviam encontrado uma forma de a obra ser retomada.

A concess�o previa que o Estado ficaria respons�vel por bancar todas as desapropria��es necess�rias para a constru��o dos 15,3 quil�metros de trilhos, a um custo, em valores de 2013, de R$ 5,3 bilh�es. � parceira privada, caberia executar a obra, adquirir trens e todos os equipamentos para a opera��o das composi��es e esta��es e, depois da inaugura��o, operar a linha.

No ano passado, Doria e o secret�rio de Transportes
Metropolitanos, Alexandre Baldy, se aproximaram do grupo espanhol Acciona. Eles buscavam uma solu��o que evitasse a necessidade de realiza��o de uma nova licita��o para a linha. A sa�da anunciada foi com os europeus comprando os direitos da Move S�o Paulo.

A linha abrange as seguintes esta��es: S�o Joaquim, Bela Vista, 14 Bis, Higien�polis-Mackenzie, Ang�lica-Pacaembu, PUC-Cardoso de Almeida, Perdizes, Sesc Pompeia, �gua Branca, Santa Marina, Freguesia do �, Jo�o Paulo I, Itaberaba, Vila Cardoso e Brasil�ndia. Todas as �reas que precisavam ser desapropriadas para a constru��o dessas esta��es estavam desapropriadas desde 2014 e, depois que as obras foram paralisadas, estavam vazias, o que causava queixa entre os moradores do entorno dos canteiros desocupados.

Com o novo prazo de cinco anos para a conclus�o, em 2025, a obra ter� um atraso de nove anos: a promessa original feita no governo Alckmin era que o ramal ficasse pronto em 2016. Do ponto de vista de planejamento, segundo o Metr�, a linha tem a vantagem de aumentar as op��es de conex�o no centro expandido da capital e tamb�m facilitava o acesso das linhas 7-Rubi e 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A previs�o � que o novo ramal seja usado por 670 mil pessoas todos os dias.

De acordo com o secret�rio estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, todas as desapropria��es j� foram feitas e o governo desistiu de a��es judiciais que poderiam atrasar mais o cronograma da obra. (Colaborou Bruno Ribeiro)