O secret�rio executivo do Minist�rio da Sa�de, �lcio Franco, disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 9, que n�o h� obrigatoriedade de se vacinar toda a popula��o brasileira para conter a covid-19 quando o imunizante estiver dispon�vel no Pa�s.
"Para se conter uma doen�a, n�o � obrigat�rio que se haja a vacina��o de 100% da popula��o. Cito como exemplo a vacina de Influenza, quando adquirimos anualmente 90 milh�es de doses e realizamos a cobertura vacinal dos grupos de risco. Esses grupos (para a vacina da covid-19) est�o sendo definidos por uma c�mara t�cnica, com a comunidade cient�fica, com os t�cnicos, que est�o identificando os grupos priorit�rios, que ser�o aqueles que ser�o vacinados. Dessa forma, estaremos oferecendo seguran�a para a popula��o, a vacina � para todos. Todos os Estados brasileiros, o Distrito Federal e vai chegar a todos os nossos munic�pios", afirmou.
Ele ainda destacou que a vacina ser� disponibilizada no Programa Nacional de Imuniza��es dentro dos princ�pios que regem o Sistema �nico de Sa�de (SUS): integralidade, equidade e universalidade.
O secret�rio tamb�m falou que a pasta est� em contato com v�rios desenvolvedores de poss�veis vacinas para ter acesso ao primeiro imunizante dispon�vel.
"Permanecemos em contatos bilaterais n�o s� com o Instituto Butant�, como tamb�m com outros institutos nacionais que buscam parcerias com laborat�rios internacionais. Buscamos abrir oportunidade para termos acesso o quanto antes a uma vacina segura e eficaz. A vacina que ficar pronta primeiro com certeza ser� uma op��o para adquirirmos, contratualizarmos, de acordo com a legisla��o brasileira". Ele refor�ou, no entanto, que a aprova��o de qualquer uma das vacinas depende da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).
Nesta sexta, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, disse que tem um "plano B" para a disponibiliza��o nacional de doses da coronavac, caso n�o receba aporte financeiro do Minist�rio da Sa�de para a distribui��o do imunizante, que est� em fase de testes em volunt�rios e � uma parceria do Instituto Butant� com a chinesa Sinovac.
Doria confirmou que tem recebido a visita de deputados, senadores e governadores de outros Estados, que j� estariam interessados em adquirir a vacina. Ele afirmou ainda que ter� uma reuni�o "definitiva" com representantes do Minist�rio da Sa�de para decidir se a pasta ir� adquirir ou n�o as doses da vacina e a subsequente distribui��o pelo SUS.
Pa�s receber� 140 milh�es de doses da vacina contra o coronav�rus
Na �ltima quinta-feira, 8, o Minist�rio da Sa�de anunciou que o Pa�s dever� contar com 140 milh�es de doses da vacina contra o coronav�rus at� o primeiro semestre do ano que vem.
Por meio do programa Covax Facility, da Organiza��o Mundial da Sa�de, ser�o recebidas cerca de 40 milh�es de doses para 10% da popula��o, o que equivale a cerca de 20 milh�es de pessoas - em caso de vacinas que necessitem de duas doses. As outras 100 milh�es vir�o do acordo com o laborat�rio AstraZeneca, que desenvolve o imunizante em parceria com a Universidade de Oxford.
O governo federal refor�ou que a previs�o de come�ar a imunizar a popula��o continua para o primeiro trimestre de 2021, considerando os progn�sticos, acompanhamento e escala produtiva que est� se desenhando, mas lembrou que "existe uma possibilidade de atraso". O plano de estrat�gia de vacina��o est� em estudo e deve ser divulgado entre novembro e dezembro.