
Com a pandemia da COVID-19, o turismo no Brasil viu o vai e vem de passageiros ser substitu�do por um verdadeiro ermo, com cancelamento de viagens e pontos tur�sticos fechados. Agora, aos poucos, o setor vai se recuperando da crise enfrentada desde mar�o. Com a flexibiliza��o das medidas sanit�rias sendo adotadas em diversas regi�es do pa�s, muitas pessoas retomaram suas viagens. E o principal destino? As praias.
O estudo realizado com os associados da entidade (que contabilizam cerca de 90% das viagens de lazer comercializadas no Brasil) tamb�m trouxe dados de setembro sobre a comercializa��o e gest�o dos neg�cios diante da pandemia do novo coronav�rus.
De acordo com o levantamento, 87% das operadoras realizaram vendas neste per�odo. E este indicativo tem crescido, a cada m�s, cerca de 10 pontos percentuais. Outro dado aponta que 16% das operadoras tiveram um faturamento equivalente a 50 a 100% do comparado a setembro de 2019, sendo que 2% chegaram a ter faturamento maior. J� o n�mero de empresas com faturamento 90% menor do que no ano passado foi reduzido a 28%; as demais empresas faturaram entre 11 e 50%, no mesmo per�odo.
Os n�meros positivos confirmam a recupera��o gradual do setor de turismo. Todas as operadoras de turismo admitiram que setembro foi o melhor m�s.
Embarques
O estudo da BRAZTOA tamb�m trouxe dados referentes aos embarques de passageiros no m�s de setembro. Cerca de 34% das operadoras relataram que os embarques realizados do m�s representaram 10% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Outros 19% disseram que os embarques retrataram de 26% a 50% do volume de 2019 e 17% ficaram entre 11 e 25%. Para 21% das empresas, o m�s de setembro n�o teve embarques.
Por outro lado, 75% das operadoras disseram ter comercializado viagens para o primeiro semestre de 2021. As viagens mais pr�ximas ficaram em 43% para setembro, 49% para outubro e 45% para novembro. Os embarques para viagens no segundo semestre do ano que vem atingiram 47% das vendas das operadoras. Em agosto o n�mero estava em 38%.
Os �ndices evidenciam o desejo das pessoas em viajar, o que est� sendo refor�ado pelos protocolos e cuidados expostos pelas empresas, empreendimentos e profissionais do setor. Sendo assim, cada vez mais os brasileiros est�o se sentindo mais seguros para viajar. As viagens mais curtas e pr�ximas j� est�o sendo feitas por muitos, sobretudo pelos que n�o fazem parte do grupo de risco da COVID-19.
Outro destaque do estudo diz respeito ao n�mero de brasileiros que n�o est�o viajando, mas que est�o organizando e planejando com anteced�ncia a viagem. Esta pr�tica, que era pouco exercida pelos brasileiros, cresceu durante a pandemia.
Destino
O Nordeste continua liderando a lista dos destinos de viagem dos brasileiros. Com a maior parte das vendas das operadoras sendo direcionadas para as praias da regi�o, Sudeste e Sul ficam em 'empate t�cnico' no segundo lugar. Em terceiro aparecem as regi�es Norte e Centro-Oeste. Entre os destinos nacionais mais comercializados em setembro, destacam-se Salvador, Porto de Galinhas, Fortaleza, S�o Paulo, Rio de Janeiro e Gramado.
Em rela��o � dura��o, as viagens mais comercializadas tiveram um tempo m�dio estimado de 5 a 9 dias, seguidas das de curta dura��o (at� 4 dias). As prefer�ncias dos turistas se dividiram entre viagens com a�reo de longa dura��o, seguidos de voos de curta dist�ncia.
A pesquisa ainda mostrou que os resorts se destacam entre as op��es para acomoda��o, seguido das hospedagens em hot�is de grandes redes.
Os destinos internacionais tamb�m s�o cobi�ados pelos turistas brasileiros. O destaque vai para Canc�n, acompanhado de outras regi�es do Caribe, seguido pelos Estados Unidos (Orlando) e Maldivas. Portugal, It�lia e Argentina tamb�m aparecem com boa procura. O setor de turismo mant�m a expectativa de que ainda neste m�s a cobran�a do IRRF para remessas ao exterior (hoje em 25%) seja reduzida.
Expectativas
O presidente da BRAZTOA, Roberto Haro Nedelciu, disse que as expectativas ainda s�o limitadas pelas restri��es a�reas, ofertas hoteleiras e pelo cerceamento das fronteiras. “Mas � importante destacar que, com a diminui��o do cont�gio do COVID-19 no pa�s e as a��es de promo��o do turismo no Brasil, planejadas pelo Governo, poder� haver um impulsionamento das vendas das viagens dom�sticas. Todo o setor est� preparado, adotando os protocolos de seguran�a sugeridos pelo Selo Turismo Respons�vel, mas faz um apelo para que o viajante fa�a sua parte e adote boas pr�ticas. Assim o Brasil poder� ser o protagonista de uma hist�ria livre de retrocessos, com uma recupera��o linear e sustent�vel. � isso que o setor almeja de forma geral”, esclareceu Nedelciu.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira