On�a que sobreviveu a fogo do Pantanal tem alta; falta plano de devolu��o

Uma das on�as-pintadas resgatadas com ferimentos provocados pelo fogo no Pantanal est� apta a regressar � natureza ap�s cerca de um m�s submetida a modernos tratamentos veterin�rios custeados por ONGs e volunt�rios, em Goi�s. Quanto menos tempo o animal selvagem ficar enjaulado, melhor para a readapta��o.

Contudo, �rg�os do governo federal ainda n�o apresentaram um plano nem uma data para a devolu��o do felino ao seu h�bitat. Por outro lado, est� nos planos das equipes do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma visita ao Pantanal na pr�xima semana para acompanhar a soltura da on�a. A viagem est� sendo planejada, mas ainda n�o est� confirmada.

Ousado, nome dado por ribeirinhos ao exemplar da esp�cie, um macho, foi encontrado �s margens de um rio de Mato Grosso, em 11 de setembro, quando a reportagem do Estad�o cobria as queimadas no Pantanal. Todo o processo de resgate, desde antes da chegada de veterin�rios e volunt�rios, foi documentado.

A possibilidade de retorno da on�a tem uma carga simb�lica para o bioma. Ela conseguiu escapar das chamas alcan�ando uma margem ainda preservada do Rio Corixo Negro. Quando foi descoberta, queimaduras de segundo grau nas quatro patas tinham minado sua habilidade para se alimentar.

Tratamentos modernos com oz�nio e laser foram aplicados em dias intercalados. Agora, Ousado est� forte, bem alimentado e pronto para voltar � vida selvagem. "A alta m�dica significa que ele n�o est� sendo mais anestesiado. As feridas est�o totalmente cicatrizadas. Agora, est� na m�o dos �rg�os competentes decidir quando e para que regi�o ele vai voltar", afirmou o veterin�rio Thiago Luczinski.

Especialista em animais silvestres, Luczinski � o respons�vel t�cnico da ONG Nex No Extinction, de Corumb� de Goi�s. O local � um santu�rio de on�as-pintadas. Ousado ficou sob cuidados da ONG, refer�ncia no Pa�s na aten��o a felinos de grande porte.

Para onde

A �rea da devolu��o de Ousado � uma inc�gnita at� o momento. O Estad�o procurou a Marinha, o Minist�rio da Defesa, o Minist�rio do Meio Ambiente e o ICMBio em busca de informa��es sobre essa opera��o de regresso. A Marinha informou que "n�o recebeu solicita��o de apoio". Os demais �rg�os oficiais n�o se manifestaram.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.