Ap�s quase sete meses fechada, a Ponte da Amizade, liga��o entre Foz do Igua�u (PR) e Ciudad del Este, foi reaberta na manh� desta quinta-feira, 15, pelos governos do Brasil e Paraguai. Enquanto a portaria brasileira permite a entrada de pedestres em qualquer hor�rio, o Paraguai adotou protocolo com restri��es. Estrangeiros s� podem ingressar no pa�s de carro, moto ou van das 5h �s 14h e o retorno est� liberado at� a zero hora. A suspens�o do bloqueio foi marcado pela expectativa de comerciantes e taxistas, mas o movimento foi bem abaixo do normal.
A circula��o no Paraguai est� permitida at� 30 quil�metros da aduana e a perman�ncia no pa�s � de, no m�ximo, 24 horas. Barreiras sanit�rias foram montadas para o controle. O protocolo do governo paraguaio � v�lido por 15 dias. Apesar da portaria do pa�s vizinho exigir testes de covid-19 para quem n�o reside em Foz, na pr�tica, pelo menos hoje, n�o ocorreu controle. A �nica exig�ncia para quem ingressou de carro ou moto foi o uso de m�scara.
Ao amanhecer o dia, pouco antes da reabertura, ve�culos aguardavam aval para cruzar a fronteira, no lado brasileiro e no paraguaio. Boa parte das pessoas que circulou nesta quinta era de moradores locais que retomaram o trabalho em um dos pa�ses ou precisavam resolver quest�es pessoais. A paraguaia Liz Rolon passou pela ponte e foi at� a aduana brasileira para regularizar a situa��o migrat�ria, pendente desde as �ltimas f�rias de ver�o, quando esteve no litoral brasileiro. "Quando ia resolver, a ponte fechou."
N�o foram os moradores que comemoram a reabertura. Trabalhadores que dependem da movimenta��o comercial entre Foz e Ciudad del Este voltaram a ver de volta os clientes. O mototaxista paraguaio Tom�s Duarte fez quatro corridas para Foz u pela manh� e sentia-se aliviado. J� o mototaxista brasileiro Osnilde Brito levou sete passageiros a Ciudad del Este, a maioria compristas e trabalhadores. "Antes eu praticamente n�o estava trabalhando, fazia umas duas corridas por dia", diz ele, que atua em um ponto na Vila Portes, nos limites da ponte.
O com�rcio paraguaio estava de portas abertas, mas o n�mero de compristas foi pequeno. A esperan�a de trabalhadores e comerciantes � de que nos pr�ximos dias o movimento seja maior. O fluxo de ve�culos no sentido Brasil-Paraguai tamb�m foi tranquilo neste primeiro dia e bem abaixo do normal. No lado brasileiro, n�o havia filas ou congestionamentos.
Foz do Igua�u refor�ou sistema hospitalar e espera receber paraguaios em busca de atendimento
A fronteira entre Foz e Ciudad del Este � considerada umas das mais movimentadas do Brasil. Estimativa da Receita Federal, com base de dados registrados antes da pandemia, indica que pela Ponte da Amizade circulam cerca de 100 mil pessoas e 40 mil ve�culos ao dia, nos dois sentidos.
Para garantir a retaguarda hospitalar, a prefeitura de Foz pediu ao Minist�rio da Sa�de a instala��o de mais 70 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de pacientes com covid. A expectativa � que paraguaios e brasileiros que vivem no pa�s vizinho passem a procurar o sistema de sa�de de Foz. Hoje, a cidade tem 75 leitos.
Apesar de ter sido fechada em 18 de mar�o pelo Paraguai e, na sequ�ncia, pelo Brasil, a circula��o de caminh�es e ambul�ncias estava liberada na Ponte da Amizade. A Ponte Tancredo Neves, entre Foz e Puerto Iguaz�, Argentina, continua com tr�nsito interrompido.
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