Dezessete suspeitos de serem milicianos foram mortos pela Pol�cia Civil do Rio nas �ltimas 48 horas. As autoridades informaram que as mortes aconteceram durante confronto e ocorreram em Nova Igua�u, na Baixada Fluminense, e Itagua�, na Regi�o Metropolitana, regi�es de forte presen�a das mil�cias.
O primeiro caso, na noite de quarta-feira, 14, deixou cinco mortos. O segundo, na quinta-feira, 15, teve 12 v�timas fatais. As duas opera��es partiram de investiga��es sobre os assassinatos de dois candidatos a vereador na regi�o. Suspeita-se que as duas execu��es sejam ligadas a disputas territoriais e eleitorais.
As a��es envolveram uma for�a-tarefa criada pela Pol�cia Civil fluminense, em parceria com a Pol�cia Rodovi�ria Federal. O objetivo do grupo � monitorar a circula��o dos milicianos por �reas de risco. O Estad�o j� havia mostrado, em setembro, que a viol�ncia pol�tica tem mobilizado for�as no Rio. H� um grupo, coordenado pelo Tribunal Regional Eleitoral, que inclui o Minist�rio P�blico e as pol�cias Civil, Militar e Federal, para tratar de mil�cias. Al�m dos assassinatos em si, que v�m crescendo, h� preocupa��o com a influ�ncia dessas quadrilhas nas elei��es, com financiamento a candidatos ligados aos bandos criminosos.
Os 12 suspeitos mortos em Itagua� estavam divididos em quatro carros. Eles percorriam, pela rodovia Rio-Santos, um trajeto que liga a zona oeste da capital � Baixada. O monitoramento feito pela �rea de Intelig�ncia da for�a-tarefa os acompanhava havia cerca de 15 dias. Na opera��o, que contou com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Pol�cia Civil e da PRF, o primeiro disparo teria partido dos criminosos ap�s serem encurralados, segundo a pol�cia. N�o h� relato de feridos entre os policiais.
Os suspeitos pertenceriam ao grupo de Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera, ligado a Wellington da Silva Braga, o Ecko, miliciano mais procurado do Rio. Tandera seria o respons�vel por expandir a atua��o do Bonde do Ecko, esp�cie de continua��o da antiga Liga da Justi�a, para a Baixada. A principal �rea de influ�ncia do grupo � a zona oeste da capital. Entre as v�timas, estava o ex-PM Carlos Eduardo Benevides Gomes, conhecido como Cabo Ben�. Ele seria o chefe do bando em Itagua�, outra extens�o do Bonde do Ecko.
Na opera��o de Nova Igua�u, os policiais buscavam localizar Ecko e Tandera, que teriam participado de uma reuni�o com dezenas de milicianos. Eles n�o foram encontrados, mas cinco suspeitos foram mortos no confronto. Os agentes tamb�m apreenderam um fuzil, pistolas, fardas, colete bal�stico, r�dios e ve�culos.
Candidatos mortos
Dois candidatos a vereador foram alvejados em Nova Igua�u em menos de 15 dias. No dia 10 deste m�s, Domingos Barbosa Cabral (DEM), conhecido como Doming�o, foi alvo de disparos por volta das 18h30 quando estava num bar com amigos. No dia 1� de outubro, Mauro Miranda da Rocha, candidato no munic�pio pelo PTC, tamb�m foi assassinado. Morto com tiros na cabe�a, no bra�o e no peito, ele j� havia sido preso por porte ilegal de arma, em 2015.
Levantamento da plataforma Fogo Cruzado feito a pedido do Estad�o mostrou que, at� o per�odo pr�-eleitoral, no in�cio de setembro, 26 pol�ticos ou assessores foram assassinados somente na Regi�o Metropolitana nos �ltimos quatro anos. A Baixada, com 19 registros, foi a �rea com maior incid�ncia de casos.
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