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Estado de Minas GERAL

Instituto une dermatologia e est�tica em pesquisas voltadas a pessoas com c�ncer


19/10/2020 13:33

Aliar a pr�tica com forte evid�ncia cient�fica. Unir duas paix�es: o atendimento cl�nico com o servi�o est�tico. Foi a partir dessas premissas, mas sem ter encontrado os estudos apropriados, que a dermatologista Simone Stringhini idealizou o Instituto Lil�s, que � lan�ado nesta segunda-feira, 19, com sede no Rio de Janeiro.

A organiza��o sem fins lucrativos � apresentada no Dia Mundial de Combate ao C�ncer de Mama com a proposta de desenvolver ci�ncia e disseminar informa��es sobre os cuidados com a pele de pessoas com c�ncer.

H� 30 anos, a m�dica atua na �rea cl�nica e h� 20, na dermatologia est�tica. Logo quando come�ou neste segundo campo, ela percebeu que os tratamentos iam al�m do que se podia ver nos rostos. "N�o era s� tirar rugas, tinha um impacto na vida do paciente, que �s vezes vinha passando por um problema e quando come�ava a trabalhar a beleza, tinha um resgate da autoestima, voltava a se cuidar e melhorar a sa�de como um todo", diz.

Mais recentemente, Simone come�ou a receber no consult�rio pessoas que estavam ou tinham passado pelo tratamento de um c�ncer, a maioria mulheres com tumor na mama. "Comecei a estudar essa �rea, o que acontecia na pele deles e comecei a me deparar com o primeiro obst�culo que � n�o ter estudo. Tem estudo sobre o c�ncer, os efeitos de complica��es do tratamento, mas n�o tem estudo da pele do paciente enquanto faz tratamento oncol�gico e comecei a ter muita dificuldade", conta a m�dica.

Foi a partir da� que ela pensou em realizar o sonho de juntar as duas �reas, terap�utica e est�tica, investindo na necessidade de buscar mais conhecimento. Por consequ�ncia, a m�dica atingiria outra satisfa��o: ver as pessoas que a procuravam ter uma melhor sa�de e autoestima. Dessa forma, o Instituto Lil�s foi projetado para inovar em pesquisas no segmento de oncodermatologia est�tica.

Simone conta que o nome da organiza��o surgiu a partir de reuni�es para elabora��o do projeto. "A ideia era ter nome representativo, bonito, e o lil�s vem das campanhas dos dois maiores c�nceres, outubro rosa e novembro azul."

Os efeitos do tratamento oncol�gico na pele

A quimioterapia engloba diversas classes de medicamentos que podem ter efeitos colaterais leves ou fortes. Essas subst�ncias agem contra as c�lulas cancer�genas, que se multiplicam muito r�pido, mas as saud�veis com essa mesma caracter�stica acabam sendo afetadas tamb�m. Por isso, algumas consequ�ncias do tratamento s�o queda de cabelo, unhas fr�geis e pele ressecada, cujas c�lulas se dividem em velocidade alta. J� a radioterapia pode ter resultados ainda mais graves, podendo levar � suspens�o das medica��es contra o c�ncer.

"O paciente, quando tem diagn�stico do c�ncer, � claro que o foco � tratar a doen�a, mas um dos �rg�os que o tratamento mais afeta � a pele e essa �rea � meio que esquecida", diz a dermatologista. Ela ressalta que os efeitos colaterais na apar�ncia dos pacientes t�m forte impacto na autoestima deles e, consequentemente, nos resultados do tratamento. Se eles est�o de bem consigo, a tend�ncia � que o corpo reaja de forma mais positiva.

Simone explica que, atualmente, os produtos utilizados para cuidar da pele machucada devido ao tratamento oncol�gico n�o s�o espec�ficos. Embora sejam destinados a peles sens�veis, ainda restam d�vidas sobre se a resposta �s interven��es ser� a mesma de uma pele de quem n�o tem c�ncer. No caso de quem j� fazia algum tipo de acompanhamento dermatol�gico e � diagnosticado com tumor, a orienta��o � interromper os procedimentos.

Ci�ncia, informa��o e autoestima

� diante desse cen�rio de incertezas que a dermatologista aposta no Instituto Lil�s como um espa�o para desenvolvimento de pesquisas e avan�o na ci�ncia oncodermatol�gica e est�tica. Por meio de parceria com uma empresa de tecnologia, a organiza��o come�ar� os primeiros estudos com t�cnica de laser para pacientes com c�ncer.

Os trabalhos ser�o desenvolvidos com base no que j� existe de publica��o cient�fica e na experi�ncia de Simone. A inten��o � que outros �rg�os de pesquisa e empresas se aliem � causa para desenvolver testes cl�nicos e produtos espec�ficos para esse p�blico. "Mas n�o adianta s� fazer pesquisa e ter publica��o, que � importante para os m�dicos. Queremos levar informa��o para o p�blico geral", afirma a m�dica, que acredita no poder dessa informa��o para resgatar a autoestima de todos.


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