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Estado de Minas GERAL

SP tem mais de 3 mil queixas sobre festas na pandemia


21/10/2020 07:04

Faz dois meses que o oftalmologista Rubens Belfort Neto n�o dorme direito. Uma casa noturna que d� de frente para seu quarto voltou a funcionar de quinta a s�bado e virou o principal assunto na reuni�o de condom�nio. Os moradores do pr�dio j� tentaram reclamar no telefone 156 da Prefeitura de S�o Paulo, registraram boletim de ocorr�ncia, mandaram e-mail para o prefeito Bruno Covas e para o governador Jo�o Doria e nada.

"Tentamos at� chamar a aten��o com v�deos nas redes sociais, mas n�o adianta. Piora, porque tem sempre um que comenta: �Obrigado pela dica, vou l�'. Esqueceram que estamos na pandemia. Um monte de gente ainda est� morrendo e o povo que frequenta a balada parece n�o ter vergonha desse papel�o", disse Rubens.

A Prefeitura informou que recebeu o total de 3.050 reclama��es com o termo "festa" durante a pandemia. Os dados s�o da Secretaria das Subprefeituras, de 23 de mar�o a 18 de outubro.

Segundo o levantamento, 1.244 estabelecimentos foram interditados por descumprirem regras vigentes na quarentena. Desses, 829 s�o bares, restaurantes, lanchonetes e cafeterias. A multa � de R$ 9.231,65, aplicada a cada 250 m�. Atividades com aglomera��o, como festas, casas noturnas e shows continuam proibidos em todos os 645 munic�pios de S�o Paulo.

Para Belfort Neto, a reclama��o enviada � gest�o municipal n�o funcionou. "Liguei e pediram o prazo de 75 dias para vistoriar. E como fa�o para dormir enquanto isso? Meu vizinho de cima colocou o apartamento � venda por causa do barulho. N�o est� certo."

O oftalmologista mora com o filho, adolescente, em um pr�dio na Alameda Tiet� e a casa noturna fica na Rua Augusta, na regi�o central paulistana. Por ser uma regi�o com muitos bares e restaurantes, o m�dico instalou janelas antirru�do para tentar amenizar o barulho. Mas n�o foi o suficiente. O som grave da m�sica rompe a barreira, ele explica. "Meu filho acaba indo dormir na sala, que fica do outro lado da casa."

O Estad�o tentou contato com o dono da casa noturna, que n�o respondeu at� as 15 horas de ontem. A Prefeitura informou que "fiscaliza diariamente os estabelecimentos que excedem o hor�rio permitido pela legisla��o, com apoio da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da PM (Pol�cia Militar)".

Treta

No domingo, a casa de shows Treta Bar, em Pinheiros, na zona oeste paulistana, ganhou destaque nas redes sociais por desrespeitar protocolos de seguran�a determinados pela lei. Os v�deos mostram o local cheio, com pessoas dan�ando pr�ximas umas das outras, ignorando as regras de isolamento, sem uso de m�scaras.

O professor de Direito da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Thiago Amparo, questionou pelo Twitter a realiza��o do evento e marcou os perfis de Covas, Doria e da PM. Um dos s�cios do estabelecimento, Guilherme Acr�zio, se manifestou nas redes sociais ironizando as reclama��es: "Se te incomoda fica em casa querido".

Acr�zio enviou comunicado ao Estad�o no qual informa que a edi��o da festa Treta aconteceu "em formato de bar, seguindo todas as regras referentes a distanciamento da Organiza��o Mundial de Sa�de, onde o p�blico compareceu usando m�scaras de prote��o e com distribui��o de �lcool em gel no estabelecimento", informou.

"Infelizmente na euforia de rever amigos, alguns clientes tiraram as m�scaras e chegaram a gravar stories, o que motivou esses tipos de coment�rios." A nota finaliza informando que a Prefeitura de S�o Paulo orientou fechar o evento, "o que foi atendido de imediato para evitar problemas maiores".

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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