Baladas em resid�ncias e 'pancad�es' tiram o sossego

As queixas por aglomera��o n�o s�o restritas �s casas noturnas. Como as baladas est�o proibidas segundo a lei estadual, resid�ncias dispon�veis para aluguel tamb�m t�m sido usadas para realiza��o de festas.

O aposentado Chen Lung Chi, de 79 anos, mora colado a uma resid�ncia que j� foi alugada tr�s vezes para balada durante a pandemia. Ele vive em uma vila no Brooklin, zona sul de S�o Paulo. Na festa mais recente, o locat�rio permitiu aos convidados que estacionassem os carros dentro da vila, pois tinha controle de acesso e a festa invadiu a madrugada.

Chi batia a porta de entrada da casa e berrava para pararem a m�sica. Ele conta que a organizadora tentava argumentar que o barulho era s� por uma noite, pedindo que fosse mais flex�vel. Ainda ironizou o sotaque do morador. Chi veio da China para o Brasil em 1968 e vive na mesma casa desde 1971 com a mulher e um filho. "S�o 49 anos aqui e nunca tive problema parecido. Agora que n�o era para estar tendo festas, acontece isso."

A propriet�ria da casa vizinha mora nos EUA e Chi n�o tem seu contato. "Eles compraram o im�vel faz uns 20 anos. Moraram por pouco tempo, viajaram e agora colocam para alugar. Ela (a dona) n�o est� nem a�."

Das plataformas de aluguel online, o Airbnb disse que, desde agosto, limitou a 16 o n�mero de pessoas permitido em acomoda��es reservadas via plataforma. A medida visa a evitar aglomera��es. Festas e eventos de qualquer natureza tamb�m est�o proibidos.

A OLX, por nota, disse que sua plataforma consiste na oferta de espa�o para que pessoas possam anunciar e encontrar im�veis. E que a "negocia��o de im�veis � realizada fora do ambiente do site e do aplicativo e, portanto, a empresa n�o faz a intermedia��o ou participa de qualquer forma das transa��es, que s�o feitas diretamente entre os usu�rios." A Viva Real e o Zap Im�veis informaram que fazem apenas loca��es de longo prazo, portanto n�o h� essa aten��o especial com loca��o para festas.

A PM informou que duas das ocorr�ncias mais registradas no canal de emerg�ncia 190 s�o as de "perturba��o do sossego", que vai de m�sica alta a reformas, e "pancad�o", que re�ne um grande n�mero de pessoas em espa�os p�blicos. No primeiro caso, os policiais militares v�o ao local e solicitam que o barulho cesse ou seja diminu�do. De janeiro a setembro, na cidade de S�o Paulo, a PM teve 110.976 chamados. Com pancad�o, a PM atua para coibir os encontros que ocorrem, em sua maioria, nos fins de semana. De janeiro a setembro, foram 8.679 reclama��es sobre esse tipo de festa em S�o Paulo.

Queixas

As den�ncias podem ser feitas pelo telefone 156, pelo Portal SP156 ou nas Pra�as de Atendimento das subprefeituras. A Pol�cia Militar e a Guarda Civil Metropolitana tamb�m podem ser chamadas.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.